Falhou o esquema de segurança pública na Fonte Nova no jogo Bahia x Vila Nova que resultou na tragédia com 7 mortos, dezenas de feridos, vandalismo dos torcedores em campo, furtos generalisados e cambistas atuando à mancheia.
A SSP subestimou o que aconteceria no domingo, jogo decisivo e que levaria o Bahia à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro com apenas um empate e não reforçou o esquema de segurança, além da Sudesb ter liberado áreas condenadas pela PM, pelo Ministério Público e pelo Corpo de Bombeiros.
O governo do Estado, através da AGECOM, distribui à imprensa através do seu site uma nota de apenas seis linhas falando sobre o "esquema especial de segurança". A nota dizia que a PM manteria o esquema do jogo anterior (Bahia x ABC) com 472 PMs, o que daria 1 PM para cada 1.200 torcedores.
Dizia ainda a nota que a PM faria reforço no gramado e outros locais estratégicos. Ora, até carro de radialista foi roubado na ladeira da Fonte e no gramado houve um vandalismo geral.
Falando há pouco na Rádio Metrópole, o vereador José Carlos Fernandes, ex-diretor da Codesal disse que, em termos de "cultura de pânico e segurança preventiva" nada foi realizado.
Na mesma linha, o radialista Rui Botelho, disse que não houve reuniões prévias de segurança e outras, como acontece nos BAxVIs, sobretudo levando-se em consideração que o jogo de domingo último, por sua simbologia, representava mais do que qualquer BAXVI. "O policiamento foi insuficiente", atestou Rui a MK.
A NOTA DA AGECOM
No domingo (25), durante o jogo entre Bahia e Vila Nova (GO), na Fonte Nova, a Polícia Militar vai manter o esquema especial, com 472 PMs. Revista pessoal antes do ingresso no estádio, intensificação das ações nas áreas de bares e sanitários, acompanhamento das torcidas organizadas e reforço do policiamento no gramado e em outros locais estratégicos, como pontos de ônibus, além do combate aos cambistas, estão entre as iniciativas. |