Segundo dois operários, que preferiram não se identificar com medo de sofrer represálias por parte da responsável pela execução das obras, a W Engenharia, além de não ter um número suficiente de trabalhadores, as constantes paralisações das obras impossibilitam uma previsão para a conclusão.
"O nosso salário atrasa e nós combinamos trabalhar em um ritmo mais lento. Outra coisa é que toda hora essa reforma é parada e por isso não existe nenhum prazo para entrega desses casarões. Acho que só daqui há 10 anos", brincou um dos operários.
O diretor da W Engenharia, Miguel Vieira, responsabilizou as indefinições de projeto da Conder e do IPHAN pela demora na conclusão das obras das nove casas que são de responsabilidade da empresa.
"Já entregamos duas casas e mais outra esta prevista para dezembro. Temos problemas estruturais em algumas casas que precisam ser resolvidos", disse Vieira.
Para o diretor, o problema dos quinze dias atrasados pode deve ser rapidamente sanado "A situação dos salários dos operários estará regularizada, no máximo, até a próxima quarta-feira", garantiu.
No primeiro semestre do ano passado, quando foi autorizada pelo então governador Paulo Souto, essa fase da reforma estava prevista para durar oito meses. Passados dezenove meses (1 ano e 7 meses), apenas dois dos setenta e seis casarões inclusos nesta etapa foram revitalizados e não há previsão para a entrega dos casarões. (Repórter - Marivaldo Filho)