Salvador

TRABALHADORES FAZEM CORPO MOLE NA REFORMA DA 7º ETAPA DO PELOURINHO

As obras vão em ritmo de cágados
| 26/11/2007 às 18:07
Placa da Eletrobrás na igreja de São Francisco já está mofando (Foto: MF)
Foto:
  Trabalhadores encarregados de executar as obras da sétima etapa da reforma do Pelourinho admitiram estar trabalhando, propositalmente, em marcha lenta e, conseqüentemente, atrasando a entrega dos casarões e monumentos, por causa dos atrasos nos salários e das condições de trabalho.

    
   Segundo dois operários, que preferiram não se identificar com medo de sofrer represálias por parte da responsável pela execução das obras, a W Engenharia, além de não ter um número suficiente de trabalhadores, as constantes paralisações das obras impossibilitam uma previsão para a conclusão.


    "O nosso salário atrasa e nós combinamos trabalhar em um ritmo mais lento. Outra coisa é que toda hora essa reforma é parada e por isso não existe nenhum prazo para entrega desses casarões. Acho que só daqui há 10 anos", brincou um dos operários.

   
  O diretor da W Engenharia, Miguel Vieira, responsabilizou as indefinições de projeto da Conder e do IPHAN pela demora na conclusão das obras das nove casas que são de responsabilidade da empresa. 

     "Já entregamos duas casas e mais outra esta prevista para dezembro. Temos problemas estruturais em algumas casas que precisam ser resolvidos", disse Vieira.

    
    Para o diretor, o problema dos quinze dias atrasados pode deve ser rapidamente sanado "A situação dos salários dos operários estará regularizada, no máximo, até a próxima quarta-feira", garantiu.       

   
  No primeiro semestre do ano passado, quando foi autorizada pelo então governador Paulo Souto, essa fase da reforma estava prevista para durar oito meses. Passados dezenove meses (1 ano e 7 meses), apenas dois dos setenta e seis casarões inclusos nesta etapa foram revitalizados e não há previsão para a entrega dos casarões. (Repórter - Marivaldo Filho)