Em reunião com barraqueiros, a prefeita Moema Gramacho explicou que o primeiro projeto enviado por Salvador não contemplava a Praia de Ipitanga, tranqüilizando os barraqueiros que haviam entendido que a opção de Salvador era a retirada de todas as barracas da praia. Moema também explica que após audiência com o juiz Carlos D´Ávila, da 13ª Vara da Justiça Federal, a cidade foi incluída no processo. "Isto nos dá o direito de participar efetivamente das negociações".
Os barraqueiros de Ipitanga estão abertos à negociação quanto ao número e ao projeto das barracas na praia. De acordo com Amélia Tupiniquim, presidente da Associação de Barraqueiros, os proprietários já estão cientes de que o "layout" e número das barracas serão alterados, mas eles defendem um projeto exclusivo para Ipitanga. "Não queremos o mesmo projeto que está sendo feito em Salvador. Queremos algo condizente com a realidade de Ipitanga".
Mesmo assim, o novo projeto deve atender a exigências do Ministério Público comuns às duas cidades, como a acessibilidade à praia, distância entre as barracas e a instalação fora da areia.
"Vamos buscar informações sobre as exigências do projeto para Salvador e incorporá-las ao nosso", explicou o secretário municipal de Planejamento, Saneamento, Meio Ambiente e Turismo, Aliomar Britto.
Além do projeto específico para Ipitanga, os barraqueiros defendem o apoio do Poder Público na busca de novas atividades para os que deixarão de trabalhar na praia. "Estas pessoas terão que garantir o sustento em outras atividades", diz Celeste Brito, da barraca Raio de Sol.