A greve pára o Posto Maria da Conceição Santiago Imbassahy
Os 239 funcionários do Centro de Saúde Maria da Conceição Santiago Imbassahy, Praça João Alfredo s/nº, no bairro de Pau Miúdo, entram em greve nesta quinta-feira, 4, em razão do não recebimento de salários há dois meses.
Eles prestam serviços para a Prefeitura de Salvador através da empresa Pró-Saúde que por sua vez alega que não quitou sua obrigação trabalhista em razão do atraso de pagamento devido pela Secretaria Municipal de Saúde.
Em assembléia realizada hoje, 2, os funcionários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado até que os salários sejam pagos ou que se abra um canal confiável para negociação.
"Os trabalhadores não podem ser penalizados por uma crise que não criaram. A Secretaria Municipal de Saúde e a Pró-Saúde não podem atingir justo quem está no fim da linha do serviço que são os funcionários que fazem tudo para prestar um serviço de qualidade mesmo enfrentando a falta de material, segurança e suportando a revolta da população quando chega à unidade de saúde e vê que faltam médicos, inclusive pediatras para atender seus filhos", afirmou Raimundo Teixeira, presidente do SindiSaúde (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia - Rede Privada).
SITUAÇÃO CRÍTICA
"O processo de municipalização da saúde tem requerido maior atuação do poder local, cabendo ao município o planejamento e a gestão do atendimento à saúde. Vários municípios do interior muito mais carentes que Salvador, como Pintadas, por exemplo, já municipalizaram de forma plena a saúde.
Por que Salvador continua sem resolver seus problemas nesta área?", questionou o sindicalista.
"O SindiSaúde e os 239 funcionários tentaram outros meios para resolver a questão do atraso de salário e partiram para a greve como última opção, pois não queriam atingir o atendimento prestado a cerca de 400 pessoas por dia que ocorre em média no Centro de Saúde Maria da Conceição Santiago Imbassahy.
Esperamos que a Prefeitura Municipal e a Pró-Saúde resolvam seus problemas com responsabilidade e não sacrifiquem os funcionários e em especial a população do bairro de Pau Miúdo já tão carente de quase tudo", finalizou o sindicalista Raimundo Teixeira.