O crime aconteceu neste final de semana
Um crime ao estilo inglês aconteceu em Salvador neste final de semana quando o estudante de direito Jardel de Souza, 26 anos de idade, assassinou com vários golpes de faca sua namorada Milene Bittencourt, estudante de psicologia, 26 anos.
Jardel colocou a garota morta no porta-malas do seu veículo, um Siena, e saiu pela cidade dando voltas. Depois, com a cumplicidade de uma ex-namorada, uma advogada e de um irmão, transferiu a morta para outro carro, até ser descoberto pela polícia no terminal marítimo de Salvador, no sistema ferry-boat.
O rapaz alega que foi atacado pela namorada daí que perdeu a cabeça e acabaou matando-a. Para a delegada Inalda Cavalcante, que acompanha o caso, trata-se de um crime com envolvimento de outras pessoas e com peculiaridades fora do comum.
José Ferreira, o investigador que descobriu o caso no terminal marítimo, disse que Jardel estava muito nervoso quando foi preso.
COMO ACONTECEU
O crime aconteceu, segundo Jardel, depois das 15 horas de sábado, no apartamento 403 do Edifício Gaivotas, condomínio Solar dos Pássaros, Avenida Paralela.
As primeiras investigações dão conta de que Milena ameaçava denunciar o namorado, que estava planejando um golpe em uma seguradora de automóveis, e já o havia denunciado por agressão. Jardel nega.
O acusado foi preso no momento em que chegava à casa da ex-namorada, a advogada Aline Teixeira, no Bonfim, onde havia deixado um GM Vectra (JLS-6859), segundo a polícia alugado pelo criminoso, com o corpo despido da vítima.
O chefe de investigações da DH, José Ferreira, disse que seguiam Jardel e o irmão, Josafá, que, antes de irem para o Bonfim, haviam ocultado o corpo no porta-malas do carro da estudante, um Fiat Siena (JMT-6705), no estacionamento do terminal de ferry-boat, por volta das 2 horas do domingo.
Quando chegou à casa da exnamorada, Jardel recebeu voz de prisão. O odor forte denunciou a presença do corpo. De acordo com a delegada Inalda Cavalcanti, Jardel e Josafá serão indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, enquanto a real participação da advogada Aline Teixeira ainda será investigada.