O governador Jaques Wagner (PT), presente ao palanque do Campo Grande, disse que não via qualquer problema na manifestação. Secretários e auxiliares do governo que nas décadas de 1960/1970 foram ao confronto com as forças militares se comportaram cordialmente.
Muitos estudantes e participantes de movimentos socais colocaram o nariz de palhaço, vestiram-se de preto e foram reivindicar pelas suas causas. A novidade do ato esse ano foi a realização de um momento ecumênico de oração na Praça da Piedade.
O coordenador do Grito, Elísio Teixeira, afirmou que dentre todas as bandeiras defendidas pelo grupo, a Vale do Rio Doce é a principal deste ano.
"Estamos lutando contra a transposição do Rio São Francisco, por uma maior participação popular nas decisões políticas, pelo voto aberto nos poderes legislativo e judiciário, mas a principal causa deste ano é contra a atuação da Vale do Rio Doce", afirmou.
O grito é um ato público nacional nascido em 1995 que tem como objetivo engajar a população nas decisões políticas nacionais e apontar possíveis soluções para os problemas do país.
Os participantes saíram da Arquidiocese de Salvador, bairro do Garcia. De lá, seguiram caminhando para o Campo Grande - onde foi montado o palanque para as autoridades - e depois até a Praça Municipal de Salvador, onde o evento foi encerrado. (Repórter - Marivaldo Filho)