Salvador

PROFESSORES EXIGEM FIM DE NOMEAÇÕES POLÍTICAS P/ DIREÇÕES DE ESCOLAS

Protestos se multiplicam com nomeações políticas para direções de escolas
| 04/09/2007 às 15:28
   Os professores da rede estadual de ensino do 2º grau continuam insatisfeitos com a política de educação do governo do Estado, em especial, sobre os reajustes diferenciados para evitar os interstícios (achamento de salários entre os níveis) e diante das nomeações políticas dos diretores de escolas.


   Dia 11, acontecerá um fórum de diretores de escolas para, mais uma vez, debater essas nomeações. E, dia 12, Assembléia Geral da categoria com reunião na sede do Sindicato dos Bancários (quadra de esportes) na Ladeira dos Aflitos.

   Desde julho, quando o governo estadual começou a exonerar diretores de escolas, uma série de manifestações está acontecendo por toda a cidade, incluindo o Mario Augusto Teixeira de Freitas, Professora Maria Anita, Oliveira Britto, entre outros. Desta vez, as reclamações vêm do Colégio Góes Calmon.

   Segundo professores do colégio, a atual diretora recém-nomeada pela Secretaria Estadual de Educação (SEC), Nair Ferreira, desconhece procedimentos elementares, tanto que desconhecia que a caderneta de professores era única e não individual, como antigamente.

   Vários documentos elaborados por professores e pela comunidade foram enviados à SEC solicitando a saída de Nair e a indicação de outra diretora. As professoras reclamam também a diretora Nair nomeou duas vice-diretoras, que interferem uma no turno da outra, deixando os professores perdidos, sem saber a quem obedecer.

   CLIMA DE TERROS

   Segundo a APLB/Sindicato, as professoras denunciam também que, além da inexperiência, a diretora implantou na escola um clima de terrorismo, com ameaças de devolver as atuais coordenadoras pedagógicas, e colocou policiais na frente da escola para impedir qualquer tipo de manifestação de alunos, pais e professores.

  No sábado, 1º de setembro, os pais foram convocados para uma reunião com os diretores. Os professores que tentaram entrar na reunião foram impedidos pela direção que ameaçou chamar a polícia - que já estava à porta da escola -, se insistissem em participar da reunião. A comunidade alega que o governo está tomando decisões de forma arbitrária, sem respeitar os direitos democráticos da comunidade escolar.


  A situação da escola Góes Calmon já é complicada há muito tempo, a escola estava sem direção há 5 meses, pois a ex-diretora Talândia Pinto Hunder não comparecia a unidade escolar afastada por licença médica, afirmam as professoras. Elas informam que foi instalada por intermédio da SEC uma comissão para elaborar a minuta do projeto de lei responsável por eleger diretamente os diretores das escolas estaduais baianas.

   A SEC em nota, afirma que "uma minuta de projeto de lei será encaminhada até o final de setembro à Casa Civil e à Procuradoria Geral do Estado para análise técnica e, posteriormente, à Assembléia Legislativa para votação".