O menino tem leucemia e precisa de um transplante de medula, mas é muito difícil encontrar um doador. A família adotiva da criança busca informações, pois pais e irmãos biológicos têm mais chances de ser doadores compatíveis.
Segundo Menezes, o grupo de pessoas liderado por ele percorreu as ruas da cidade, distribuindo panfletos para quem encontrava no caminho. Nas casas, os impressos foram deixados na caixa destinada à correspondência.
"Tivemos também um carro de som. Gravei a mensagem em um CD e tocamos enquanto distribuímos os papéis", afirma Menezes. Ele acredita que o ato vai ajudar a encontrar os pais biológicos da criança. "Espero que a pessoa apareça. Todos os meus contatos estão disponíveis, vou ficar à disposição", diz.
A criança foi abandonada com poucos dias de vida na carroceria de um carro. Segundo o pai adotivo, o objetivo da busca é salvar a vida do filho. "Não perco a esperança jamais. É uma luta que não tem fim, mas enquanto meu filho estiver vivo vou ter fé para conseguir salvá-lo", diz.
FEBRE
O menino teve febre na madrugada deste domingo e não participou da manifestação. "Ele tem baixa imunidade e não quero ficar expondo meu garoto a riscos desnecessários", diz Menezes. Para que o menino não se sinta sozinho, o pai adotivo o leva para passear de carro. "Gosto de levá-lo para passear em parques e ele adora andar de carro comigo", diz.
O menino deve ser internado esta segunda-feira (27) para fazer o tratamento com quimioterapia. Ele intercala internações que duram um mês com dez dias em casa. Segundo os médicos, o menino tem 20% de chances de cura com o tratamento.
Os dados de Luiz Flávio foram cadastrados no Banco Mundial de Medulas. "Agora, é só o tempo e a sorte para encontrar um doador. Achar alguém compatível fora da família é muito difícil, é uma pessoa a cada um milhão", diz Menezes, que já fez os exames com a esposa, Leossandra. O casal constatou que não é compatível.