Por promoverem o comércio clandestino do gás de cozinha em Salvador, cinco pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público estadual à Justiça. Dentre os denunciados pelo promotor de Justiça Carlos Augusto Faria estão o gerente comercial da Empresa Bahiana Distribuidora de Gás Ltda. (Brasilgás) Luis Ferreira, a supervisora Solange Faria, o supervisor de Logística Jorge Aguiar e o motorista Jonglei Barbosa, que distribuíam o gás irregularmente. Por causa da aquisição, armazenamento e revenda clandestina da mercadoria, foi denunciado ainda o administrador Alexandre Palmeira Ferreira, que atuava revendendo botijões sem a autorização da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Segundo o representante do Ministério Público estadual, Alexandre Ferreira, mesmo tendo ciência que a empresa revendedora que administra no bairro de Pernambués - Posto Revendedor de GLP Djanira Palmeira Ferreira - foi descrendeciado pela ANP desde o ano de 2003, continuava revendendo o gás. A ação irregular, acrescenta o promotor de Justiça, era desenvolvida com o apoio dos funcionários da Brasilgás, que, apesar de terem conhecimento do descredenciamento, estimulavam o posto a continuar funcionando normalmente.
Lembra Carlos Faria que, em 2006, o administrador foi advertido que há anos estava descredenciado, mas sob a orientação de Solange Faria e Luis Ferreira, ele foi incentivado a continuar com a revenda do gás. O membro do MP frisa que o compromisso das distribuidoras é zelar em suas atividades e orientar os revendedores ao fiel cumprimento de todas as normas legais envolvendo a distribuição e revenda do GLP, e não incentivá-los a exercerem suas atividades irregularmente, como foi feito pelos dois.
Carlos Faria esclarece que denunciou os envolvidos após, em julho último, a ANP em conjunto com a Sucom e prepostos da Delegacia de Crimes Fazendários desenvolverem uma ação e detectarem que o posto administrado por Alexandre funcionava irregularmente. Na ocasião, os fiscais e a equipe da Polícia Civil flagraram a chegada de um caminhão da Brasilgás com 70 botijões para carregar o estabelecimento comercial que atuava de forma realizando a venda clandestina.