Salvador

POPULAÇÃO SOFRE COM FALTA DE MANUTENÇÃO DO ELEVADOR LACERDA

Filas, falta de ar condicionado e cabines quebradas
| 23/08/2007 às 19:49
   Quem esperava uma semana de agilidade no serviço do Elevador Lacerda decepcionou-se. Na tarde desta quinta-feira (23), duas cabines quebradas acabaram a praticidade conhecida, mas cada dia mais esquecida  do meio de transporte e um dos principais cartões postais de Salvador.

  
   A situação já está assim há algum tempo. Segundo baianos e turistas, o serviço encontra-se cada vez mais deficiente, não suprindo a demanda de passageiros que querem ir da Cidade Alta para a Cidade Baixa e vice-versa.

   
  O torneiro mecânico, Nonato Farias, utiliza o transporte todos os dias e acha que o serviço, atualmente, deixa muito a desejar. "Pego o Elevador praticamente de domingo a domingo e isso aqui está piorando muito. Em dias úteis, já aconteceu de eu ter que esperar cerca de 45 minutos nesta fila", disse o torneiro.


    SEM AR CONDICIONADO

     Outra reclamação freqüente dos usuários é com relação à retirada do ar condicionado. Visitando a capital baiana pela terceira vez, a gaúcha Marcela Matos, 28, também reclama. "Salvador é uma cidade muito quente. Para nós que não somos acostumados com esse calor é muito difícil agüentar o abafamento desse Elevador como está. Na última fez que vim, há 5 anos, ainda tinha um ar condicionado", falou Marcela.


     O espanhol Pablo Garcia, que mora em Salvador há nove anos, foi ainda mais severo nas críticas. "É muito triste ver um dos maiores símbolos da cidade nesse estado deplorável. A culpa é dos soteropolitanos que escolheram mal seus governantes", disparou.


    Nem os dois microônibus disponibilizados pela prefeitura para amenizar o problema da lentidão no transporte dos passageiros, escaparam das reclamações. A estudante, Jaqueline Lemos, acha que tem sido mais tranqüilo pegar um coletivo. "Não tenho dinheiro para pagar táxi todos os dias e não sou louca de entrar nesse microônibus lotado desse jeito. Prefiro pagar meia passagem de um coletivo normal", testemunhou a estudante. (Repórter - Marivaldo Filho)