Salvador

PREFEITURA APRESENTA SUA VERSÃO DO PDDU NA CÂMARA DE VEREADORES

Na quinta-feira, prosseguem as dicussões
| 22/08/2007 às 19:15
   Na tarde desta quarta-feira (22), a secretária municipal de Planejamento, Kátia Carmelo, no Centro Cultural da Câmara Municipal, explicou Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e posicionou-se completamente contra todos os argumentos do Ministério Público, representado pela promotora Cristina Seixas que apresentou uma palestra ontem (21), também no Centro Cultural.
 

    Apesar de estar marcado para às 14h, o encontro só começou às 15h30 com um vídeo explicando os pontos básicos do Plano Diretor e com pronunciamentos do prefeito João Henrique. "Não adianta buscar culpados e sim soluções ára reparar o que foi feito desordenadamente objetivando diminuir as graves diferenças sociais da nossa cidade", disse o prefeito no vídeo.

    
   Kátia Carmelo explicou que o projeto pode trazer um incremento de cerca de 40 milhões no orçamento da Prefeitura além de gerar empregos. Ela ainda falou que o Plano de 2007 se fundamentou nas dicotomias do plano anterior (2004) e nas necessidades da população.


   Respondendo as acusações de Cristina Seixas que afirmou que não recebeu resposta sobre a autoria do projeto do PDDU, Kátia assumiu a responsabilidade. "O Plano Diretor é de minha autoria e do arquiteto Fernando Teixeira que está ao meu lado", falou.


   ORLA MARÍTIMA 

    Para a promotora, é necessário lembrar que também existe uma orla na Baía de Todos os Santos. "Lembro a vocês que o projeto prevê evitar o improviso existente, aumentando a inclusão social através da criação de empregos afetando minimamente o meio ambiente", disse Carmelo.

   
   "As únicas áreas livres que ainda temos é a parte norte da Orla, o miolo de Cajazeiras e uma parte da Paralela. Com relação á construção de hotéis, eles deverão ser construídos em áreas preferencialmente hoteleiras. O estudo que foi feito diz que se esses hotéis forem sombrear, sombrearão sob as pedras e somente no inverno", explicou.


  PEDIDO DE URGÊNCIA 

   Sobre o pedido de urgência pedido pelo Executivo Municipal, tão criticado pelos vereadores, que faz com que a discussão seja discutida e votada com mais velocidade, a promotora preferiu sair pela tangente. "Com relação a urgência vocês terão que se entender com o secretário de governo porque não fui eu pedi. Foi ele", afirmou Kátia.  

  
   Segundo a vereadora Aladilce Souza (PC do B), A Câmara não pode aceitar esse pedido de urgência de João Henrique. "Não é prudente que a Casa repita o processo de2004 que foi tornado nulo por não cumprir os critérios estabelecidos", opinou a vereadora.


     O presidente da Câmara Municipal, o vereador Valdenor Cardoso (PTC), foi
veemente ao afirmar que os vereadores não seriam influenciados pela prefeitura. "A Casa não receberá nenhuma pressão do governo. Só iremos votar esse projeto quando estivermos devidamente esclarecidos sobre ele", falou Cardoso.


     Está prevista para a tarde de amanhã (23) novas discussões sobre o PDDU, também no Centro Cultural, desta vez com a professorea Graça Belov para debater no âmbito da Comissão de Justiça.