Eles também reafirmaram a disposição de manter a autonomia da Comissão, defendendo a ampliação e transparência nos debates que serão implementados para a elaboração do Plano Diretor. E criticaram veementemente o pedido de tramitação em regime de urgência (45 dias) para a votação do PDDU, conforme sugerido pelo prefeito
João Henrique em seu encaminhamento do projeto de lei à Câmara Municipal.
Consideram "um absurdo" discutir o futuro da cidade e votar em tão pouco tempo um assunto complexo e do maior interesse da cidade. Eles avaliam que serão realizadas cerca de 30 Audiências Públicas.
O presidente da Comissão, vereador José Carlos Fernandes (PSDB) ponderou que "o principal objetivo da Comissão e da própria Câmara é difundir por toda a cidade a noção do que seja um Plano Diretor e como o cidadão comum pode contribuir em sua elaboração".
NOS BAIRROS
Por unanimidade, os integrantes da Comissão- além do presidente José Carlos Fernandes, vereadores Aladilce Souza(PCdoB), Berto Gaban(PRP), Paulo Magalhães Junior (DEM), Paulo Câmara (PSDB), Virgilio Pacheco (PDT), Palhinha (PSB), e Erivelton Santana (PSC) condenaram a sugestão de se realizar Audiências Públicas na própria Câmara, uma vez que as audiências serão realizadas nos bairros e programadas com antecedência para aumentar a participação popular no processo de discussão do PDDU.
Foi aprovado o primeiro organograma de procedimentos que começam por uma série de audiências, realizadas pelas Administrações Regionais, aglutinando os bairros geograficamente mais próximos e otimizando a identificação de problemas e soluções. Contarão com a participação dos administradores regionais, líderes comunitários, comerciantes locais, representantes de igrejas, diretores de escolas, do comando batalhão de polícia e de todos que atuem de forma influente no cotidiano de seus bairros. Cada região elegerá seus delegados para compor uma Assembléia Geral que discutirá a cidade com uma visão macro.
Haverá ainda reuniões com os segmentos representativos da sociedade- associação de moradores, donas de casa, entidades de classes e da comunidade acadêmica, representantes de órgãos estaduais, federais e empresas públicas que interagem no planejamento urbano, a exemplo do IPHAN, Codeba, entre outros, Forças Armadas, Ministério Público, empresários do comércio e indústria.
Ficou decidido que além dos integrantes originais de cada reunião serão convidados a participar de todas as etapas de discussão do PDDU alguns observadortes que atestarão a transparência do processo e atuarão como especialistas consultores em suas respectivas áreas.Para compor este corpo técnico serão convidados representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Ordem dos Advogados do Brasil-Bahia, Instituto dos Arquitetos do Brasil-Bahia, Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia, Conselho regional de Medicina-Bahia e ABI-Associação Baiana de Imprensa.