Ele contou aos repórteres que Gagliano se uniu ao ex-prefeito do município, José Augusto Neto (também já preso), e juntos tramaram a morte de Gilberto Andrade. Diante disso, o delegado André Viana, atual coordenador da Polícia Civil de Ilhéus, pediu a prisão preventiva de Giovani Gagliano, que já responde por assassinato ocorrido em 1992, em Salvador.
CRIME ESCLARECIDO
A Polícia Civil esclareceu o assassinato no dia 9, quatro dias depois do ocorrido com a prisão de Leonardo Ramos Santos, que confessou ter intermediado a contratação dos dois pistoleiros, que executaram o prefeito. Uma peça do automóvel encontrada no local do crime foi a pista que levou ao Corsa Sedan utilizado pelos pistoleiros. Por meio da numeração da peça, a Polícia chegou até a locadora, onde o carro foi alugado e, na seqüência das investigações, identificou o intermediário Leonardo Santos. No dia 10, o carro foi localizado.
O assassinato ocorreu no sábado, 5 de maio, na margem da rodovia BR-101, entrada da Fazenda Santa Cruz. Acusado de ser o mandante do crime, o ex-prefeito de Aurelino Leal, José Augusto Neto, vinha cobrando uma dívida de R$ 420 mil em precatórios do município e a vítima estaria protelando o pagamento.
Amigo do ex-prefeito, Leonardo Santos declarou, em depoimento ao delegado Jorge Luiz dos Santos, então coordenador da 7ª Coorpin (Ilhéus), que José Augusto mandou que ele contratasse os matadores em Itabuna, os quais receberiam R$ 20 mil pelo homicídio. Um deles é José Renato Domiciano dos Santos, o "Renato Corcoran".