Salvador

CRIME DO PREFEITO DE AURELINO LEAL:ATUAL PREFEITO FOI UM DOS MANDANTES

Crime do prefeito de Aurelino Leal foi desvendado
| 16/08/2007 às 16:07
Pistoleiro Renato Corcoram diz que Guiovani foi quem mandou matar Gilberto (Foto:PC)
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   O atual prefeito do município de Aurelino Leal, Giovani Lopes Gagliano (PTN), segundo o pistoleiro José Renato Domiciano dos Santos, o "Renato Corcoran", é o mandante do assassinato do seu antecessor no cargo, Gilberto Ramos Andrade (PR), de 48 anos, crime ocorrido em 5 de maio último.
 
  "Renato Corcoran", preso ontem (15) em Camacan, foi apresentado à imprensa, hoje (16) pela manhã, no Gabinete do delegado chefe da Polícia Civil, João Laranjeira, na Piedade, e confirmou a versão, acrescentando ter sido contratado para dirigir o carro e conduzir Israel Santana, autor do disparo contra a vítima.

     
  Ele contou aos repórteres que Gagliano se uniu ao ex-prefeito do município, José Augusto Neto (também já preso), e juntos tramaram a morte de Gilberto Andrade. Diante disso, o delegado André Viana, atual coordenador da Polícia Civil de Ilhéus, pediu a prisão preventiva de Giovani Gagliano, que já responde por assassinato ocorrido em 1992, em Salvador. 


  CRIME ESCLARECIDO
 
  A Polícia Civil esclareceu o assassinato no dia 9, quatro dias depois do ocorrido com a prisão de Leonardo Ramos Santos, que confessou ter intermediado a contratação dos dois pistoleiros, que executaram o prefeito. Uma peça do automóvel encontrada no local do crime foi a pista que levou ao Corsa Sedan utilizado pelos pistoleiros. Por meio da numeração da peça, a Polícia chegou até a locadora, onde o carro foi alugado e, na seqüência das investigações, identificou o intermediário Leonardo Santos. No dia 10, o carro foi localizado.


  O assassinato ocorreu no sábado, 5 de maio, na margem da rodovia  BR-101, entrada da Fazenda Santa Cruz. Acusado de ser o mandante do crime,  o ex-prefeito de Aurelino Leal, José Augusto Neto, vinha cobrando uma dívida de R$ 420 mil em precatórios do município e a vítima estaria protelando o pagamento.

        
   Amigo do ex-prefeito, Leonardo Santos declarou, em depoimento ao delegado Jorge  Luiz dos Santos, então coordenador da 7ª Coorpin (Ilhéus), que José Augusto mandou que ele contratasse os matadores em Itabuna, os quais receberiam R$ 20 mil pelo homicídio. Um deles é José Renato Domiciano dos Santos, o "Renato Corcoran".