O novo projeto da Mansão Wildberger continua gerando polêmica
O novo projeto da Mansão Wildberger continua com sua polêmica. Depois da sessão especial realizada na última segunda-feira, 6, na Câmara Municipal o vereador Paulo Câmara (PSDB) relator da matéria vai solicitar mais documentos dos interessados para formar um juizo de valor e dar seu parecer.
Segundo o empreiteiro Nicolau Martins, em e-mail ao Bahia Já, este jornal colocou informações que não correspondem a realidade e solicitou que "tomasse conhecimento do material gravado" para melhor informar aos nossos leitores e manter a credibilidade. Questão de ponto de vista.
O novo projeto Mansão Wildberger prevê a construção de uma torre de 39 andares, a urbanização de 3.500 m² de área , incluindo uma praça de 1.200 m² e um belvedere, e a destinação de 80% do total do terreno à preservação ambiental e ao espaço de lazer . A praça será doada à Prefeitura para utilização pública e os moradores da Vila Brandão, que vivem no entorno , vão ganhar um centro comunitário e acesso ao mar.
A obra está embargada pela Justiça, a pedido do IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O órgão argumenta que ela coloca em risco a Igreja de Nossa Senhora da Vitória, que seria objeto de tombamento.
Na sessão solicitada pelo vereador Paulo Câmara(PSDB), membro da Comissão de Planejamento e Meio Ambiente, contou com as presença dos colegas de Comissão, o presidente José Carlos Fernandes(PSDB), Paulo Magalhães Júnior (DEM) e Beto Gaban(PDT), e dos vereadores Gilberto José (PDT) e Everaldo Augusto (PC do B), além de representantes do empreendimento, do CREA, da OAB, do Instituto dos Arquitetos da Bahia(IAB), da Prefeitura, da Igreja da Vitória e da Vila Brandão.
O IPHAN e o Ministério Público também foram convidados, mas não enviaram representantes. Exibindo documentos, os empresários garantiram que a obra cumpre todas as exigências legais, como o alvará da Sucom que autorizou a demolição da mansão; e a licença ambiental expedida pela Superintendência Municipal de Meio Ambiente.
Segundo eles, o embargo da obra não tem cabimento . " O próprio IPHAN recusou o tombamento da igreja em 1950, decisão mantida pelo Conselho Consultivo do órgão em 2004. Por que liberaram a Mansão dos Cardeais e não liberam a Wildberger?Quem tem interesse em impedir a construção é o dono da Casa Amarela, um local de atividades suspeitas, com acesso privativo, onde se fez um aterro sobre o mar na mesma área e ninguém contestou", disse o construtor Nicolau Martins.
Dezenas de moradores da Vila Brandão se manifestaram na galeria a favor do projeto. "Vivemos abandonados na encosta e agora quando alguém quer ajudar a gente não querem deixar?. Quem manda lá é o dono da Casa Amarela, que colocou pitbull pra morder quem tenta chegar na praia ", disse a líder comunitária Ana Patrícia Santana.
O padre Luís, da Igreja da Vitória, também é a favor da obra. "A igreja não tem características para tombamento. Ela precisa é ser preservada e esse projeto vai ajudar nisso", declarou.
O CREA e o IAB voltaram a se manifestar contrários ao projeto e temem pelos impactos sociais e ambientais que ele pode trazer para a aquela área da Vitória.