O fato aconteceu esta manhã, em Feira de Santana
Tumulto na frente do Hospital Clériston Andrade, o maior da rede pública do Estado, em Feira de Santana. Uma senhora de 98 anos, Aurinda de Carvalho Fonseca, vinda de Itaberaba nesta madrugada de sábado, morreu dentro da ambulância na porta do hospital depois de esperar por mais de três horas atendimento.
Segundo a filha de dona Aurinda que atendeu à imprensa na porta do Clériston por volta das 9 da manhã de hoje, a sua mãe não foi atendida porque disseram que não havia vagas. A ordem do novo diretor da unidade, Eduardo Leite, é de encaminhar os pacientes excedentes para Salvador porque o Clériston não tem como atendê-los.
Na opinião do deputado Tarcízio Pimenta (DEM) que acompanhou o caso esta manhã em Feira, a situação do Clériston é insustentável da forma como está sendo gerenciado sem a falta de apoio da Secretaria de Saúde do Estado. "O secretário Solla esteve em Feira esta semana e sequer visitou a unidade, o que é um descaso enorme com a cidade e com seu povo" - acentuou.
Para Tarcízio o que se passa no Clériston é uma "calamidade pública" e ninguém toma uma providência. E o que é pior, ainda segundo o deputado, é que "estão informando ao governador que está tudo bem, quando, a rigor está tudo mal".
A família de dona Aurinda vai constituir advogado para entrar com uma ação de reparação contra o Estado com base no Estatuto do Idoso.