Salvador

VENTO LEVA LONA DO CIRCO PICOLINO AO CHÃO, MAS ARTE CONTINUA NA PRAÇA

A lona já está sendo consertada
| 31/07/2007 às 15:08
As crianças e adolescentes treinaram sem a proteção da lona, a céu aberto (Foto:BJ)
Foto:
  O circo não pode parar.

  As chuvas e os fortes ventos que têm agitado o mar da orla Atlântica e derrubado casas e muros em bairros da cidade, levou a lona do Circo Picolino, instalado numa área litorânea de Piatã, ao chão.

  Mas o circo não parou, nem vai parar.

  Esta tarde da terça-feira, 31, dezenas de crianças e adolescentes da Boca do Rio, de Pituaçu, de Itapuã, mantinham a chama da alegria e da perseverança funcionando, e os monitores ministraram suas aulas no espaço ao lado do picadeiro, sem lona, à luz do sol que voltou a brilhar, timidamente, na cidade.

  O Picolino faz parte da história de Salvador.

   Premiado, irreverente, engajado na luta de Anselmo para dar dignidade e esperança de dias melhores para centenas de crianças, a marmelada, a palhaçada, o trapézio improvisado, tudo funcionou nesta tarde.

   A lona já está sendo remendada. Costurada.

   Assim que o tempo firmar ela retorna ao seu lugar. E o Picolino segue em frente com todas as dificuldades à sua frente.

   É o circo que não para.

   O circo da acobracia e o circo da vida.

   O Picolino resistirá.