Os presos mantêm, desde o início do motim, cinco reféns, sendo três agentes penitenciários e dois detentos considerados de boa conduta. Cerca de 150 outras pessoas estão dentro do complexo penitenciário. Segundo os presos, elas permanecem no local por vontade própria.
O Superintendente de Assuntos Penais, coronel Francisco Leite, foi sistematicamente desmentido pelos presos e alguns deles disseram que, negociação com o coronel nem pensar.
Nesta terça-feira pela manhã, parentes dos internos fretaram um ônibus e foram ao Ministério Público conversar com promotores e representantes da Secretaria de Justiça para ver se conseguiam resolver a situação, mas não obtiveram sucesso. Lá, foram informados que a transferência dos detentos da UED depende do coronel Francisco Leite.
Sobre estes presos, o comando da rebelião exigia inicialmente a transferência de todos os 51 detentos atualmente submetidos ao regime especial. A Secretaria de Justiça, por sua vez, ofereceu como contra-partida a transferência de dez presos. O comando aceita a proposta desde que entre os dez a ser transferidos estejam Josevaldo Bandeira, o Val Bandeira, 30 anos, e Maurício Vieira da Silva, o Maurício Cabeção, 32. A Secretaria respondeu que pode até ampliar o quadro de transferidos, mas não vai liberar os dois presos solicitados pelo comando de rebelião.