As informações sobre a investigação, a que a Veja teve acesso, sustentam ainda a hipótese de que não tenha havido derrapagem na pista. Além disso, não teria ocorrido uma pane no sistema de freios.
O fato de o reverso direito da aeronave estar travado teria influenciado no acidente: o piloto manteve o manete posicionado para uma situação em que os dois reversores estivessem em pleno funcionamento. A combinação do mau posicionamento do manete com o travamento do reversor foi o que impediu a aeronave de frear.
De acordo com a reportagem, no entanto, mesmo esses dois fatores combinados poderiam não ter resultado em uma tragédia da dimensão da ocorrida no último 17 de julho.
O fato de a pista principal do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, ser relativamente curta e não ter uma área de escape também foi determinante. A revista relata dois outros casos de acidentes envolvendo modelos idênticos de aeronave, Airbus A320, e circunstâncias similares, reversor travado e manete mau posicionado. Nesses dois casos, o comprimento maior da pista e a presença de áreas de escape deram aos pilotos um tempo maior para a correção do erro.
Redação Terra