O Pelourinho está passando por um momento de decadência devido a supressão de programas de animação do governo do Estado.
Segundo o secretário Carlos Ribeiro Soares, a Prefeitura tem se empenhado em atender à demanda, mas a concentração de pedintes, meninos e meninas que perambulam na região é grande, exigindo dos poderes públicos e da sociedade em geral uma concentração de esforços na busca de soluções.
Os agentes sociais da Sedes detectaram que a maioria das pessoas que praticam a mendicância nas áreas do Centro Histórico está cadastrada em programas de transferência de renda, como Bolsa-Família e o Benefício de Prestação Continuada. Quando alertadas que a permanência na rua pode provocar a perda do benefício, as pessoas retornam para suas casas, mas dias depois retornam, ignorando as condicionalidades impostas pelas regras desses programas.
Em conjunto com órgãos estaduais, como Polícia Militar e Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), e o Projeto Axé, entre outros, a Prefeitura está viabilizando a instalação de uma unidade para atendimento das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, sobretudo aqueles já envolvidos com o uso de substâncias psicoativas.
"É um trabalho que requer a participação de toda a sociedade. Meninos e meninas daquela área já perderam o vínculo familiar, não aceitam abordagem ou acolhimento, são agressivos e arredios e pela facilidade da compra de drogas e ganhos com mendicância permanecem no Pelourinho", lamenta o secretário Carlos Ribeiro Soares.
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