Salvador

CREA DENUNCIA QUE MURO DA AERONÁUTICA CONTINUA SENDO ERGUIDO NA BARRA

O muro está sendo instalado nas proximidades do comando da Aeronáutica
| 17/07/2007 às 23:49
O muro que a Aeronáutica está instalando em área pública na Barra (Foto/CREA)
Foto:
   O CREA continua protestando contra a instalação de muro na Avenida Oceânica, na área próxima ao Comando Aéreo Regional da Aeronáutica. Vide a nota:

   Levo mais uma vez ao conhecimento deste órgão de controle do ordenamento e
licenciamento do uso do solo no município de Salvador, que um muro no sope
do Morro do Cristo no seu limite com a Av.Ocênica, continua sendo erguido
no terreno ocupado pelo 2º Comando Aéreo Regional da Aeronáutica instituição
vinculada ao Ministério da Defesa do nosso país.

  O trecho de terreno incorporado pelo muro da Aeronáutica faz parte do traçado da Av. Oceânica, implantada no meado do século passado, portanto, trata-se de área pública
(patrimônio público municipal) arborizada cujo tratamento paisagístico não
deixa dúvida quanto a demarcação entre a área ocupada pelas instalações
militares urbanas e o traçado da Avenida.

  Por razões históricas e estratégicas a cidade de Salvador conta no interior
da sua mancha urbana contínua importantes edificações militares, aquelas
mais recentes, sobretudo, após o regime militar de 64, tem buscado cada vez
mais dialogar com a cidade deixando de impor-se como um "enclave
urbanístico"no espaço urbano..

  A exemplo o 2º Distrito Naval que retirou um muro que separava a "cidade" das suas
instalações ou mesmo o Exercito em relação ao Setor Militar Urbano e ao 19º
BC no Cabula. Ora, o Centro de Convenções e Hospedagem da Aeronáutica em
construção no Morro do Cristo ou seja na zona urbana do Município de
Salvador, é um equipamento (urbano), mesmo de caráter militar que deverá
oferecer serviços que exigem relação com a cidade e com seus cidadãos e,
quem sabe, por falta de diálogo ou atuação das autoridades municipais acabe
por inserir-se como um "bunker" no espaço urbano.

  Certo das providências que serão adotadas para impedir a invasão de
área pública e mais um atentado a cidadania pela estratégia do fato
consumado.

Atenciosamente,

Luiz Antonio de Souza
CREA-Ba