Sem ter nenhuma proposta efetiva, uma primeira paralisação de advertência aconteceu no último dia 14 de maio. Passados quase dois meses dessa mobilização, segundo a ADEPB "o governador Jaques Wagner sequer recebeu os delegados para tomar conhecimento dos problemas e analisar medidas cabíveis".
Essa segunda paralisação, deliberada por unanimidade em Assembléia Geral, tem como objetivo manter a população informada sobre os graves problemas enfrentados pela Polícia Civil, bem como mostrar que os delegados não vão tolerar, passivamente, a inércia do governo.
PIOR SALÁRIO
Um Delegado de Polícia da Bahia ganha hoje o pior salário de todo o Nordeste e o segundo pior do país, além de receber um quarto do salário de outros profissionais da mesma área técnico-jurídica, como juízes e promotores.
Também a estrutura da Polícia Civil, segundo a ADEPB, encontra-se em total abandono: viaturas sem verba para combustível, armamentos obsoletos e insuficientes, instalações físicas impróprias ao serviço público e sem manutenção, além de um sistema carcerário desumano que fere, inclusive, a constituição.