A nota foi classificada no meio político como duríssima
Além do outdoor os professores publicaram nota na imprensa criticando o governo (Foto/BJ)
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Uma nota pública posta com a assinatura e responsabilidade do Fórum das Associações dos Docentes das Universidades Estaduais (ADs), ADUFS, ADUSB, ADUNEB, ANDES/SN, edição de A Tarde, neste domingo, 1º de junho, destaca no título que "governador reprime greve de docentes com o corte de salários" e classifica essa atitude "como ato ditatorial e terrorista".
Os professores universitários da rede estadual de ensino, a exceção dos docentes da Universidade de Santa Cruz, região Sul, estão em greve há 35 dias.
Consideram - segundo a nota - que o governo agiu de forma "autoritária e arbitrária ao interromper as negociações, inclusive após a apresentação de uma proposta - a incorporação de 6% da Gratificação de Estímulo às Atividades Acadêmicas (27.2%) ao salário base - e instala a Mesa Setorial de Negociação sem apresentar qualquer resposta às nossas reivindicações - entregues desde dezembro de 2006".
NOTA DURÍSSIMA
A nota, considerada durrísima no meio político, classifica o governo de incapaz, de apresentar à opinião pública inverdades e de agraciar a iniciativa privada em determimento dos servidores públicos.
Em determinado trecho da nota destaca-se: "Não bastasse ser uma vergonha um Governo que se auto-intitula de ex-sindicalistas chamar esse engodo de negociação, ainda quer punir violentamente os professores. Não sabe negociar, governador?".
O documento da ADs contém cinco parágrafos e finaliza afirmando que "com essas práticas, governador, a Bahia está muito longe de ser de todos nós - cidadãos e cidadãs, servidores públicos, trabalhadoras e trabalhadores. Pelo que vimos até agora, a Bahia continua sendo apenas dos que se servem do Estado para interesses privados, aos quais o governo tem agraciado tanto".