Os professores da rede estadual de ensino do 2º grau decidiram na 11ª Assembléia Geral da categoria manter a greve que já dura 50 dias.

  O argumento utilizado pelos professores para decidir pela continuidade do movimento paredista é de que o governo, embora tenha instalado a Mesa Setorial de Negociações e prometido repor os salários cortados, não acenou com 1 real a mais na proposta da Mesa Central que decidiu pelo reajuste escalonado entre 4.5% e 17.28%, o que, segundo a categoria, achata os níveis salariais e aniquila o estabelcido no Estatuto do Magistério.

  O que acontecerá daqui para frente só o tempo dirá. O governo já estabeleceu um cronograma de reposição das aulas (os professores disseram que não foram ouvidos e não aceitaram) e certamente deverá anunciar alguma nova medida para tentar um novo diálogo com os professores.

  Instalou-se um clima de desconfiança dos professores com o governo, a palavra das autoridades não está sendo levada em consideração. Ademais, os professores atestam que os métodos aplicados pelo atual governo são considerados irreconhecíveis por quem, até pouco tempo, era aliado.

  A palavra mais dura dirigida aos governistas, inclusive ao governador Jaques Wagner, é traição.