A greve completará 50 dias amanhã, a mais longa da categoria nos últimos anos
Sindicato entende que governo deve sinalizar avanços salarias na Mesa p/ acabar greve (F/Dv)
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Somente a Assembléia Geral dos professores da rede pública do ensino de segundo grau marcada para esta quarta-feira, 27, definirá os rumos do movimento paredista que completará 50 dias amanhã.
O governo cedeu ao admitir instalar uma mesa setorial nesta tarde de terça-feira, 26, na Secretaria de Educação (com a greve em movimento) e ela será decisiva para os rumos da paralisação.
O presidente da APLB/Sindicato, Rui Oliveira, admite que houve um "pequeno avanço" na abertura de diálogo com o governo durante reunião na sede do Ministério Público, mas, se esse entendimento não se materializar em ganhos de salário, nada feito, apesar do desgaste já enfrentado pela categoria diante da falta de aulas por um período tão longo.
Falando numa emissora de rádio nesta manhã, 26, Rui Oliveira deixou claro que a Mesa Setorial poderá sinalizar pelo fim do movimento desde que o governo mostre flexibilidade no atendimento do reajuste linear em 17.28% e não variável de 4.5% a 17.28% desestabilizando os intertícios ou níveis entre os professores 1 e 2; e 3 e 4.
BEM ACEITAS
As outras propostas do governo foram bem aceitas pela categoria: reverter os descontos dos dias parados, retirar a ação na Justiça contra o Sindicato e estabelecer um cronograma de reposição das aulas.
Além disso, o que representou um fato de grande relevância foi a reabertura do diálogo com o governo cedendo ao admitir instalar uma Mesa Setorial com a greve em movimento, situação que parecia inegociável, e não punir os professores.
Resta, agora, somente um ponto que é quanto a questão do reajuste salarial. O governo quer manter a proposta aprovada na Mesa Central (aumento variável entre 4.5% e 17.28%) e os professores querem 17.28% para todos.