Um estudo feito pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) apontou que 70% das construções em Salvador têm algum tipo de irregularidade, segundo o portal G1, da Globo.
Além do problema da falta de profissionais responsáveis e documentação, esses lugares representam um risco para os moradores.
A família da dona-de-casa Telma Araújo morava em uma casa que hoje é um sobrado. "Meu pai começou, com o trabalho, a juntar um dinheirinho e foi fazendo a casa. Começou no térreo e foi subindo, subindo", conta.
O grande problema desse tipo de construção, segundo os especialistas, está no momento da execução da obra. Na maioria das vezes faltam profissionais habilitados, como engenheiros e arquitetos para fazer o projeto.
Essa situação contribui para o alto número de moradias irregulares, sem os cuidados necessários. "Eles vão crescendo na medida em que haja necessidade da família e o risco aumenta porque vão colocando peso sobre peso no terreno", diz o engenheiro Gieise Nascimento.
Segundo o presidente do Crea-BA, Jonas Dantas, as moradias irregulares ficam geralmente em ocupações em área de risco e encostas acentuadas de difícil acesso. "As edificações são feitas sem nenhuma orientação técnica, provocando desconforto dos moradores", afirma.