O clima entre os professores da rede pública de 2º grau e o governo do Estado chegou às alturas e bateu no teto.

  Sem diálogo, agora com o corte dos salários, a palavra mais doce que os professores utilizam para tratar o governador Jaques Wagner é "traidor".

  Outro que passou a ser autoridade governamental repudiada pela categoria é o secretário das Relações Institucionais, Rui Costa, tido, antes, como ativista sindical, e hoje, classificado com uma série de adjetivos impublicáveis.

   A categoria vai fazer uma nova Assembléia Geral dia 27 de junho, só na quarta-feira próxima, data em que o movimento completará 50 dias de paralisação.

   NOVIDADE

   A novidade desta sexta-feira, 22, véspera de São João, é que o PMDB publicou uma matéria paga nos jornais da capital intitulada: "Mostre que você é bom professor. Volte para a sala de aula".

   A nota contendo um otimismo exagerado, própria de temas publicitários, destaca  que "o governo do Estado está transformando em realidade seu projeto de cidadania" e que "os servidores públicos nunca foram tão valorizados".

   A realidade é inversa. Várias categorias estão em pé de guerra (professores, fazendários, policiais, agentes comuntários, etc) e o diálogo com os professores (pelo menos com esta categoria) foi cortado.

  Em sendo assim, "solução que exige espírito desarmado" (segundo a nota) o PMDB afirma que "perdeu, portanto, todo sentido a continuação da greve dos professores. Só pode ser classificada como falta de compromisso com a cidadania a decisão da APLB de romper o diálogo e manter a suspensão das aulas".

   A nota do PMDB está publicada nos jornais A Tarde e Tribuna da Bahia. 

   O PMDB é comandado na Bahia pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.