Salvador

SINDSEFAZ FAZ ALERTA AO GOVERNO E DIZ QUE NÃO ACEITARÁ DESRESPEITO

Entidade diz que secetário Manoel Vitório não está cumprindo acordos
| 21/06/2007 às 16:29
SINDSEFAZ agendou paralisação de servidores por 1 hora dia 27 (Foto/Arquivo/Sindsefaz)
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    O Sindicato dos Servidores da Fazenda do Esado da bahia (SINDSEFAZ) se retirou da reunião da Mesa Setorial de Negociação da Sefaz e destaca em seu site que a decisão foi em resposta à posição da Secretaria de Administração do Estado, que resolveu, unilateralmente, convidar o Instituto dos Auditores Fiscais (IAF) para compor o Fórum, contrariando ao anteriormente acordado entre governo e servidores.

    Segundo o SINDSEFAZ estes foram os motivos: "quando chegamos para este terceiro encontro da Mesa Setorial, marcado para acontecer às 14h (último dia 20/6) já encontramos na sala vários dirigentes do IAF. Consideramos isso um acinte à categoria e um desrespeito ao Sindicato, que vem dando um voto de confiança ao governo, mas que sentiu hoje que esta postura madura não está sendo assimilada pela Secretaria de Administração".

    Diz a matéria posta no site que "ainda não foi dessa vez que os fazendários tiveram respostas às suas reivindicações. Após anos de enrolação e desrespeito do governo passado, a categoria é agora obrigada mais uma vez a esperar, por conta de uma posição dúbia, imatura e unilateral da Secretaria da Administração. Esta ultrapassou suas competências, esqueceu o limite ético e resolveu interferir em nossa organização sindical e associativa, arbitrando quem deve representar os trabalhadores na Mesa Setorial".
 
   - Esta posição de interferência da SAEB no movimento sindical a obriga a explicitar claramente a situação, uma vez que contraria o compromisso e a orientação do governador Jaques Wagner quanto ao Sistema Estadual de Negociação Permanente.

A categoria já havia sido informada, em boletim eletrônico anterior, que uma plenária da Fetrab, segunda-feira passada, remeteu o pleito do IAF para apreciação da Assembléia Geral da categoria a ser convocada para a primeira quinzena de julho.

   -  Tal encaminhamento foi aceito pelos dirigentes do Instituto presentes ao evento da Federação. Aliás, foram eles que provocaram a entidade a debater o assunto. A Fetrab vem tendo postura conseqüente e, inclusive, marcou um café-da-manhã para segunda, dia 25 de junho e convidou o Sindsefaz e o IAF para uma nova conversa.


       NÃO AJUDA ENTENDIMENTO

     No entendimento do SINDISEFAZ o que ocorreu na última quarta-feira, 20, "não ajuda a qualquer entendimento. Aliás, informações de representantes do IAF no dia de ontem revelam que o Instituto ingressaria com Mandado de Segurança para forçar sua participação na Mesa. Ou seja, caiu a máscara. Como pode o Instituto dizer que buscava entendimento com o Sindsefaz, se submetendo inclusive a uma plenária da FETRAB, ao tempo em que tenta participar a todo custo da Mesa, buscando a via judicial e à revelia do acordo firmado com a coordenação da Federação?"


     SINDICATO EXIGE
     COMPROMISSO SÉRIO
     NA NEGOCIAÇÃO


    O Sindsefaz - destaca ainda o site - tem uma história de luta, mas sua posição sempre foi de parcimônia, antes de convocar a categoria ao embate. Mesmo convicta que do outro lado não existiam premissas de respeito e seriedade, a entidade suspendeu uma fortíssima greve que já durava 10 dias, em 2005, após promessa de negociação pela Sefaz. Sentou à mesa com o Gabinete e passou 6 meses esperando que aquele governo negociasse de verdade. Findada a comissão paritária, passou mais 8 meses esperando negociação, até que conclamou a categoria a reagir e paralisar atividades por 48 horas, em setembro de 2006. O que ocorreu depois é história recente, escrita pelo povo baiano.

    A entidade, entretanto, não aceita que o governo entenda parcimônia como omissão ou resignação. Não aceitamos as imposições durante quatro governos carlistas e não será agora, no governo que os servidores apostam como instrumento de mudança, que iremos aceitar desrespeito.


    O Sindsefaz espera que a sua saída da reunião de ontem (20/6) seja vista como um sinal de que queremos relações sérias, maduras e consensuais. Se o governo não se sente forte para resolver suas dúvidas, que não as coloque sobre os ombros dos sindicatos. Estes 3.600 filiados à entidade, hoje, são baluartes de lutas travadas em momentos de extrema dureza e de refluxo do movimento sindical. Estão calejados, pois.
 

   A entidade vai cobrar da SAEB mais clareza em suas posições. Não é a primeira vez que detectamos postura dúbia desta Secretaria. Por exemplo, até o momento não corrigiu publicamente a informação a respeito do abono pecuniário a partir de 2008.

   Decisão unilateral de governo, o Secretário Manoel Vitório divulgou à imprensa como proposta acordada na Mesa Central, o que não ocorreu. Da mesma forma, até hoje, 21 de junho, a Secretaria ainda não publicou a ocorrência de duas reuniões da Mesa Setorial da Sefaz, dias 5 e 15, o que permite margem à dúvida.


   Esperamos a imediata convocação de nova reunião da Mesa Setorial da Sefaz, sem que se repita a confusão de ontem, para discutirmos a pauta de reivindicações. E, nesse intervalo, estaremos mobilizando nossa categoria.

   Desde já, o Sindicato promoverá na próxima quarta-feira, dia 27 de junho, uma HORA DE ALERTA. Ocorrerá no mesmo momento em que se iniciar a reunião da Mesa Central. A Entidade orienta, pois a seus filiados, a paralisarem todas as atividades funcionais, das 14h30 às 15h30, em protesto à postura autocrática, ofensiva e desrespeitosa da Secretaria de Administração com a representação sindical