A categoria não aceita o corte de pontos anunciado pelo "autodenominado governo popular" e afirma que se isto ocorrer não haverá reposição de aulas.
Hoje, em nota pública em A Tarde, a APLB/Sindicato dá sinais de que pretende manter a greve, pois, "enquanto escutamos lamúrias acerca da herança maldita como justificativa à opção política de negar recursos para educação, somos diariamente surpreendidos com superaviti de R$843 milhões no caixa do Estrado e perdão da dívida de R$74 milhões às companhias telefônicas" - afirma a nota.
Sobre a Ação
Civil Pública
A Ação Civil Pública do governo foi impetrada enquanto os professores estavam na Assembléia Legislativa lutando pela aprovação da Emenda de autoria do deputado Javier Alfaya - que propunha o reajuste de 17,28% para toda a categoria.
Os professores e professoras sentiram-se traídos pelo governo, tanto por impetrar a Ação Civil Pública durante as negociações e quando a categoria ainda tentava conquistar o reajuste via parlamentar, quanto pelo método ortodoxo de querer resolver uma reivindicação de um segmento que sempre buscou a democracia e por isso apoiou a eleição do atual governador.
Os educadores estaduais, no entanto, deram uma resposta firme à insensibilidade do Governo Jaques Wagner e afirmaram não ter medo da ameaça do governo que, intempestivamente, entrou na Justiça com uma Ação Civil Pública que determina a cobrança diária de multa de R$ 20 mil, ameaça prender sindicalista e cortar ponto de grevistas, caso professores e professoras não retornem às aulas em 24 horas.