Mais de 1 milhão e 600 mil alunos estão sem aulas na Bahia
Os professores protestaram em frente ao prédio da governadoria (Foto/Aplb/Sindicato)
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Em sua 10ª Assembléia Geral realizada esta manhã de terça-feira, 19, no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, em Salvador, os professores da rede pública estadual de ensino da Bahia, em nível de 2º grau, mantiveram a greve por tempo indeterminado e criticaram duramente a postura que consideram de "insensibilidade e traição do governador Jaques Wagner".
O sindicalista Rui Oliveira disse que até agora o governo não sinalizou com uma nova proposta e aquela que foi aprovada pela Mesa Central de Negociação e pela Assembléia Legislativa, concedendo 4.5% (aos professores dos níveis 3 e 4) e 17.28% (para os níveis 1 e 2) não foi aceito pela categoria, pois, segundo a APLB/Sindicato isso provocará achatamento nos níveis.
Diante do impasse e sem abertura de negociações a greve foi mantida e o semestre letivo está praticamente perdido.
NA EUROPA
As críticas ao governador Wagner subiram de tom, muitos professores criticaram o fato do chefe do Executivo ter viajado a Portugal para verificar tecnologia de construção de estádio de futebol, e o comando da greve não considera qualquer negociação paralela com o secretário Rui Costa ou como o secretário Adeum Sauer como válida.
O governador Jaques Wagner (PT) estará retornando da Europa nesta terça-feira, 19, e certamente vai sinalizar novas atitudes do governo diante da greve e do impasse.
Vale observar, ainda, que os professores universitários da Rede Estadual também se encontram em greve.
Estima-se, hoje, que na Bahia existem mais de 1 milhão e 600 mil alunos (segundo grau e universitários) sem aulas.