É época do arrasta pé e de soltar foguetes com dinheiro público
Petrobras apoiando o arraiá de Uauá, a terra do bode e não do petróleo (Foto/TP)
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Os festejos juninos na Bahia se tornaram um grande negócio, mais atraente até do que o Carnaval, e a União das Prefeituras da Bahia (UPB) não tem do que reclamar porque muitos municípios estão pisando fundo no acelerador e mostrando que estão em boa saúde financeira.
Em outros, além do apoio da Prefeitura, dois novos parceiros estão se destacando: a Petrobras e o Banco do Nordeste do Brasil, apoiando vários eventos em municípios dos mais diversos, incluse daqueles que nada têm com a produção petrolífera.
A Petrbras que nunca retirou uma gota de petróleo em Uauá, Jequié ou Irecê está mostrando que é boa de forró e, quem sabe, um dia pode encontrar petróleo no lugar que se cria bode. Quem também está apoiando as festas juninas é o governo da Bahia através da Bahiatursa, tudo dentro dos conformes.
EXAGERO DE
ATRAÇÕES
A Prefeitura de Camaçari, então, pisa no acelerador com uma vontade enorme. São 27 atrações nos três dias de festa no Camaforró e mais oito atrações no espaço forrozeiro de Monte Gordo. Total: 35 atrações, todas pagas pela viúva e patrocinadores, isso sem contar os gastos com infra-estrutura.
Nem parece que seu prefeito, Luis Caetano, está envolvido num processo com suspeitas e ilícitos na gestão pública que provocaram sua recente prisão pela Polícia Federal.
Em Serrinha, município pobre, o prefeito Ferreirinha está deliciando seus moradores com Leonardo, o astro-pop-country a preço de ouro, o qual, também cantará na festa do prefeito José Ronaldo, em São José (Feira de Santana).
Outro que não está prosa é o prefeito de Mata de São João, com apoio da Petrobrás, e mais 27 atrações. Vão ter festas na sede, em Praia do Forte e Imbassaí.
Pelo visto, as Prefeituras estão nadando em dinheiro. Depois do São João marcha para Brasília, em protesto contra repasses do governo.