Quinta-feira (14, às 9 horas, estará presente no 1º Seminário Estadual da Política Nacional da Educação, na Fundação Luiz Eduardo Magalhães
Ação Civil Pública
A Ação Civil Pública do governo foi impetrada enquanto os professores estavam na Assembléia Legislativa lutando pela aprovação da Emenda de autoria do deputado Javier Alfaya - que propunha o reajuste de 17,28% para toda a categoria.
Os professores sentiram-se traídos pelo governo, tanto por impetrar a Ação Civil Pública durante as negociações e quando a categoria ainda tentava conquistar o reajuste via parlamentar, quanto pelo método ortodoxo de querer resolver uma reivindicação de um segmento que sempre buscou a democracia e por isso apoiou a eleição do atual governador.
Os educadores estaduais, no entanto, deram uma resposta firme à insensibilidade do Governo Jaques Wagner e afirmaram não ter medo da ameaça do governo que, intempestivamente, entrou na Justiça com uma Ação Civil Pública que determina a cobrança diária de multa de R$ 20 mil, ameaça prender sindicalista e cortar ponto de grevistas, caso professores e professoras não retornem às aulas em 24 horas.
A citação foi entregue pela Justiça à APLB-Sindicato no início da noite de 29 de maio. Imediatamente a entidade entrou com recurso, que será julgado pela Justiça. O Agravo de número 27110-9/2007 foi entregue no Tribunal de Justiça e teve como relator o desembargador Antonio Pessoa. O sindicato aguarda o julgamento da ação. Na sexta-feira, 8, finalmente a imprensa leu com atenção o texto enviado pelo sindicato e por isso as matérias deste sábado.
Indignados e decepcionados com a ação do governo que se denomina popular, mas que criminaliza um movimento reivindicatório, os educadores mantêm a greve, iniciada em 8 de maio.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), maior central sindical do País, enviou carta de apoio à greve dos professores e professoras do Estado da Bahia e repudiou a ação do Governo Jaques Wagner. A Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE) também manifestou solidariedade aos educadores e criticou a insensibilidade do governo que há seis meses encheu de esperanças o povo baiano. Representantes das duas entidades nacionais tentam intermediar a questão.