Clima de revolta contra o governador Jaques Wagner
Momento da greve com protesto em frente à sede da governadoria (Foto:APLB/Sindicato)
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Em Assembléia realizada nesta manhã de terça-feira, 12, no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, em Salvador, com a presença de aproximadamente 1.500 professores do ensino de 2º grau da Rede Estadual de Ensino, a categoria disse não ao governo estadual e manteve a greve por tempo indeterminado.
Foi uma reunião tensa, com ares de revolta por parte dos professores uma vez que o governo não sinalizou com nenhuma proposta nova, não abriu uma porta de diálogo e manteve a disposição de só conceder o reajuste de acordo com o que foi acordado pela Mesa Permanente de Negociação e aprovado pela Assembléia Legislativa do Estado, com percentuais que variam entre 4.5% e 17.28%.
Os professores tentaram hoje pela manhã uma audiência com o governador Jaques Wagner, porém, não foram recebidos. Wagner informou à imprensa que as negociações estão sendo conduzidas pela Mesa, o secretário da Educação, Adeum Sauer, e o secretário da Articulação, Rui Costa.
34 DIAS SEM AULAS
A greve entrou em 34º dia e pela disposição que se viu hoje no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários a categoria está unida, mobilizada e vai enfrentar o governo do Estado.
O secretário Rui Costa, de sua parte, já informou através da imprensa que o governo não vai retirar a Ação Civil Pública na Justiça que obrigou o Sindicato a pagar uma multa de R$20 mil/dia.
Esta é uma situação que irritou ainda mais a categoria e acirrou os ânimos, uma vez que está havendo descumprimento da medida judicial e o juiz da Vara onde a ação tramita pode mandar prender o sindicalista Rui Oliveira por isso.
Na quarta-feira, 13, no auditório do Colégio 2 de Julho, os professores voltam a se reunir.