Com a paralisação das obras na antiga Fábrica Leite Alves, em Cachoeira, onde seriam abrigados grande parte dos alunos da Universidade Federal do Recôncavo, o vestibular de meio do ano está ameaçado de não acontecer naquela unidade de ensino.

   Os empreiteiros atestam que não tocam as obras sem recursos e a Universidade que foi inaugurada, oficialmente, pelo presidente Lula da Silva, pode não funcionar em 2007 como previsto. 

    É a velha falta de dinheiro e prioridade para as universidades públicas. Abir no papel é fácil. Agora, colocar em funcionamento são outros 500.

   FÓRUM DAS ADS

   Em nota pública o Fórum das ADs - Associação dos Docentes das Universidades Estaduais da Bahia - atesta que o Governo do Estado tem como "objetivo desasticular o movimento sindical do funcionalismo, pois, a tal Mesa Central de Negociação e as Setoriais servem como instrumentos para nos colocar uns contra os outros, nos cooptar e enfraquecer a luta dos servidores, seguindo a mesma linha que o governo Lula tem feito em nível federal".

   Os professores da UNEB, UEFS (Feira de Santana), UESB (Universidade Estadual do Sudoeste) estão com as atividades paralisadas e reivindicam a incorporação da Gratificação de Estímulo às Atividades Acadêmicas (GEAA), de 27.2% ao salário base; orçamento mínimo de 5% da receita líquida de impostos para as Universidades Estaduais; renovação da Lei 7.167/97, entulho autoritário imposto pelo então governado Paulo Souto que fere a autonomia universitária e cassa o direito de representação docente nos Conselhos Superiores; e alterações na lei 8.352/2002, que dispõe sobre o Estatuto do Magistério Superior Público.

   Sem essas condições não voltam ao trabalho.