Salvador

POLÍCIA FEDERAL PRENDE MAIS 77 EM NOVA OPERAÇÃO XEQUE MATE

A PF não está brincando em serviço
| 04/06/2007 às 17:26
  A Polícia Federal desencadeou no início desta semana a Operação Xeque-Mate, resultado de dois inquéritos. A ação teve como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão e mandados de prisão temporária contra envolvidos em crimes como contrabando, corrupção e tráfico de drogas. Os mandados foram cumpridos nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais. Segundo a Superintendência da PF em Mato Grosso do Sul, 77 pessoas foram presas.


  Entre os empresários presos em Mato Grosso do Sul estão Jamil Name Filho e Nilton Cezar Cervo Filho, que foi candidato a deputado federal pelo PSB no ano passado. Name Filho é sobrinho do presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Jerson Domingos (PMDB).

  Ele não quis comentar a prisão do seu sobrinho. Jamilzinho, como é conhecido, é filho da ex-vereadora de Campo Grande, Tereza Name (PMDB), irmã de Jerson. "Fiquei sabendo pela imprensa, não tenho informações sobre isso", resumiu-se a dizer o presidente da Assembléia na manhã de hoje.


  O ex-deputado estadual Roberto Razuk, empresário em Dourados, na região sul do Estado foi outro detido na operação. Ele foi condenado em 2003 a uma pena de 20 anos em regime semi-aberto por crime contra o sistema financeiro nacional, falsificação de documento público e falsidade ideológica. Razuk cumpre a pena em regime semi-aberto. A Polícia Federal ainda não detalhou o envolvimento de Razuk com o jogo ilegal, alvo da operação.


  Foram presos 15 policiais - oito em Três Lagoas, na região leste do Estado, e sete em Campo Grande. Entre os presos estão três oficiais da PM: coronel Marmo Marcelino de Arruda, coronel Edson da Silva, e o major Sergio Roberto Carvalho. Também foi preso o delegado da Polícia Civil Fernando Augusto Soares Martins.


  O secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, disse que o governo do Estado "recebeu bem" a notícia da prisão de um delegado da Polícia Civil e de oficiais da Polícia Militar suspeitos de envolvimento com a máfia do jogo ilegal. "Significa que o trabalho está sendo feito. Bandidos não podem estar dentro das instituições", disse Jacini ao chegar ao prédio da secretaria no Parque dos Poderes.