A miscigenação aumentou, refletida pela alta da quantidade de pessoas que se declaram pardas. Este número subiu de 21,2% em 1940 para 38,5% em 2000. O fim da imigração européia no século 20 levou o número de brasileiros natos a subir de 96,6% para 99,6%. Seus filhos, hoje são os inúmeros descendentes de alemães, italianos, portugueses e japonses que vieram para o Sul e o Sudeste do País.
Educação
O analfabetismo caiu vertiginosamente. O país conseguiu reduzir em cinco vezes a taxa de analfabetismo, que caiu de 56,8% para 12,1%. A taxa de escolarização, entre crianças de 7 a 14 anos, aumentou de 30,6% para 94,5%.
Casamento
O percentual de casados cresceu de 42,2% para 49,5%. Em 1940, havia equilíbrio entre o número de homens e mulheres (20,6 milhões); em 2000, o contingente feminino (86 milhões) ultrapassou o masculino (83,6 milhões). Ao analisar as razões de sexo, segundo as Grandes Regiões, observou-se que a região Nordeste foi a única que registrou predomínio feminino em 1940, provavelmente em razão da emigração masculina.
Religião
Quanto à religião, nesses 60 anos, os evangélicos cresceram de 2,6% para 15,4% da população.
Urbanização
Nestes 60 anos, a população brasileira se tornou urbana. A taxa de urbanização subiu de 31,3% para 81,2%. Com o êxodo rural, a atividade agropecuária, que ocupava 32,6% da população economicamente ativa, hoje mobiliza 17,9%.
Brasil mais velho
A população envelheceu. Em 1940, as pessoas cuja idade variava de 15 a 59 anos formavam 53%. No ano 2000 este número subiu para 61,8%.
Expansão populacional
A região do País que registrou o maior crescimento populacional foi a Centro-Oeste.
Em 60 anos, a densidade demográfica saltou de 4,8 hab/km2 para 19,9 hab/km2 no País. Entre as cinco regiões, a Centro-Oeste (de 0,7 para 7,2 hab/km2) apresentou crescimento duas vezes e meia maior que a média nacional. A densidade demográfica da região Norte dobrou (de 0,4 para 3,4 hab/km2.
Na região Sudeste, o Rio de Janeiro, com 82 hab/km2 (1940) e 328 hab/km2 (2000), e São Paulo, com 28 hab/km2 (1940) e 149 hab/km2 (2000), apresentam as maiores densidades do país. O Estado de Alagoas, tanto em 1940 quanto em 2000, manteve a terceira posição no ranking nacional com 34 hab/km2 (1940) e 101 hab/km2 (2000).
Contudo, foram os estados da região Norte que revelaram o maior crescimento, especialmente Rondônia e Roraima, que em 1940 não atingiam 1 hab/km2 e passaram em 2000, para 5 hab/km2 e aproximadamente 2 hab/km2 , respectivamente.
Entre 1940/2000, as maiores taxas de crescimento anuais ocorreram nas regiões Centro-Oeste e Norte (4,1% e 3,6%). Na ótica estadual, as maiores taxas de crescimento registradas foram em Rondônia (8,0%) e Roraima (6,0%), áreas favorecidas por incrementos demográficos da expansão da fronteira agrícola a partir da década de 1970. Já as menores foram observadas nos estados da Paraíba (1,5%) e Minas Gerais (1,7%), em geral, associadas a saldos migratórios negativos.