O presidente do Conselho de Segurança dos Moradores da Liberdade, Guilherme Santiago, diz que a violência e o medo estão tomando conta das famílias do bairro da Liberdade, a maior comunidade negro-mestiça de Salvador.

   Guilherme destaca que a Liberdade está bem servida na área educacional, possui um comércio de primeira categoria, feira livre permanente, dispõe de dois pronto-socorros, maternidade e hospitais, porém, no que diz respeito à segurança está abandonado.

   Ainda segundo o líder comunitário "o trânsito é um verdadeiro inferno, pois, os agentes da SET só aparecem quando solicitados a dar cobertura a uma famosa Ong". Destaca que, "o mesmo ocorre em relação à Polícia Militar".
 
    Santiago comenta, ainda, que a 2ª Delegacia de Polícia, que além de estar pessimamente localizada, raramente mostra seus agentes em ação, "a não ser para entregar intimações em brigas de vizinhos ou fazer levantamento cadavérico".
 
    Sustenta que a 37ª Companhia de Polícia, também tem localização de difícil acesso e não possui contingente à altura das necessidades do bairro.

    "As abordagens desapareceram; os marginais é quem mandam nas ruas; a distribuição de tóxicos e os assaltos são uma constante. A Operação Águia deixou de existir. Motoqueiros fazem arruaças, impedindo que as pessoas de bem trafeguem normalmente nas ruas, principalmente nos fins-de-semana" - conclui