Salvador

PROFESSORES DA CAPITAL TAMBÉM FAZEM GREVE E QUEREM REAJUSTE DE 8.7%

A próxima semana começará com greves na educação
| 19/05/2007 às 11:00
   A próxima semana começará sem aulas no município de Salvador e no Estado da Bahia para os alunos do 1º grau e do 2º grau, respectivamente. 

   Os professores do Estado estão parados há 12 dias, ignoraram o pedido da Secretaria da Educação para retornarem ao trabalho e decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado. Os profsssores de Salvador também resolveram entrar em greve depois de pedirem 8.7% e receberem uma proposta de 2.7%. Cruzam os braços a partir da segunda-feira, 21.

   ESTATUTO DO MAGISTÉRIO

   Segundo o coordenador-geral da Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB-Sindicato), Rui Oliveira, o reajuste oferecido pelo governo é incompatível com as diretrizes nacionais da carreira de professor, que determinam remunerações proporcionais ao nível de escolaridade dos docentes. "Por esta proposta, com as gratificações, o salário de um professor de nível 1 [ensino médio] será de R$ 620,50, maior que o de nível 2 [licenciatura curta], que receberá R$ 525,54. É uma distorção que nunca houve em governo nenhum", disse.

    OS índices oferecidos reduzem bruscamente a diferença salarial entre professores de ensino médio e de nível superior, e aniquila o Estatuto do Magistério, além do Plano de Cargos e Salários.

   Cumprido o cronograma de reajustes, os primeiros teriam um piso de R$ 380, enquanto os de nível universitário receberiam R$ 497,42 -- 30,9% a mais. A categoria exige diferença mínima de 50%. "Além disso, se um professor de nível médio fizer uma faculdade, vai ganhar apenas R$ 57 a mais. É um desestímulo para a categoria", reclama Oliveira. O valor provém da diferença entre os salários brutos dos dois níveis.