Apesar da pose de artista na TV, em comercial da CUT convocando os trabalhadores para a festa de comemoração do Dia do Trabalhador, nesta terça-feira, 1º, o presidente da Central Única da Bahia, Martiniano Costa afirma que, independente do governo do Estado ser comandado pelo PT, vai tratar os interesses da categoria acima de qualquer legenda.

   Martiniano diz que o compromisso da CUT é com o trabalhador e nada mais. Entende, no entanto, que é preciso ter um pouco mais de paciência com o atual governo na medida em que o governador Wagner só está no poder desde o último dia 1º de janeiro, portanto, há 120 dias.

   Hoje, um dos grandes problemas enfrentados pelos trabalhadores é o baixo crescimento econômico que empurra muitos deles para o mercado informal, sem direito aos benefícios da formalidade: férias, 13º salário, ajuda no transporte e na refeição.

   Essas mudanças vêem ocorrendo na sociedade brasileira de forma acelerada desde o advento da globalização, em especial, no Brasil, com maior intensidade a partir da década de 1990, e só tende a se aprofundar, na medida em que se exige maior capacitação técnica. 

   Além disso, as empresas estão enxugando suas plantas com a robótica e a informática e a quantidade de empregos tem decrescido.

    Um exemplo dessa realidade é o Pólo Petroquímico de Camaçari que chegou a gerar mais de 20.000 empregos diretos e hoje funciona com pouco mais de 5.000 deles, com a mesma produtividade e eficácia.

   O brasileiro além de estar trabalhando mais está ganhando menos, via de regra.

   Hoje, nas grandes cidades, o setor de serviços é o maior gerador de serviços, mas, como se sabe, o pessoal que trabalha nessa área tem rendimentos entre 1 e 3 salários mínimos.

   Em Salvador, a médio prazo, o Banco do Brasil vai instalar um call-center regional que deverá gerar 3.000 empregos diretos na primeira fase. Posteriormente, em planta cheia, poderá atingir 6.000 empregos diretos.