A Praça da Sé, a segunda mais antiga de Salvador, está abandonada.

   Situada ao lado da sede da Prefeitura, o mato tomou conta dos canteiros que mostram as fundações da antiga catedral matricial da Sé e do Colégio do Jesuitas, as placas com indicativos históricos foram arrancadas, várias placas do piso estão faltando, a área da cruz caída está suja e desocupados e prostitutas tomaram conta dos bancos em frente ao antigo cinema da Congregação São Luís.

   O pedestal onde se situava a estátua do primeiro governador geral do Brasil está sem o pórtico (dizem que aguardando uma provável estátua de Zumbi), a programação musical da fonte luminosa não funcionava mais e o assédio aos turistas pelas baianas "árvore de Natal" e vendedores de todo tipo de artesanato e água mineral infernizam a vida dos visitantes.

   Este problema de assédio aos turistas é antigo, se arrasta a anos e parece não ter solução. Muitas "baianas" chegam a pegar os turistas pelos braços pedindo dinheiro para tirar uma foto.

   Para o visitante André Nogueira, de São Paulo, professor em Ribeirão Preto, a Prefeitura deveria dar mais atenção ao local. "Fiquei sem saber o que significam essas fundações porque não existem placas indicativas" - comentou com o repórter do Bahia Já.

   PROSTITUIÇÃO
   NA PRAÇA

   As mulheres e mixês que atuam na Rua do Bispo e adjacências estão fazendo ponto na Praça da Sé. Muitas delas são vinculadas a Associação das Prostitutas da Bahia e dizem que utilizam o ponto porque é um bom local para conquistarem clientes.

   Um comerciante que tem uma loja de artesanato na Sé diz que se trata de uma situação invulgar porque, embora não agridam ninguém, estão sempre discutindo entre sí e assustam as pessoas.