As obras do METROSAL - Metrô de Salvador - paralisaram hoje com o início da greve dos trabalhadores da construção civil pesada do estado da Bahia.

   O movimento é por tempo indeterminado e visa a negociação salarial 2007. O sindicato da categoria (Sintepav) realizou uma passeata do Campo da Pólvora até a Rótula do Abacaxi e programou para a manhã desta quarta-feira assembléia geral para discutir os rumos do movimento.

    De acordo com Sintepav, a paralisação foi motivada pelo impasse nas negociações com o sindicato patronal. Além do Metrô, a greve deverá paralisar as obras de construção e reforma de estradas no Estado, como a recuperação do trecho entre Itacaré e Camamu da BA 001, obras de recapeamento da BR 324 e no Anel Rodoviário de Simões Filho.

   A categoria reivindica o estabelecimento do piso salarial de R$450 para ajudante de obra e de R$780 para o operário qualificado, que atualmente recebem R$398 e R$660, respectivamente. Além disso, os trabalhadores querem reajuste de 13% para as demais faixas salariais, definição da jornada de trabalho de segunda a sexta-feira, com adicional de 100% no caso de trabalho aos sábados, plano de saúde, o estabelecimento de uma tabela única de pagamento para os profissionais da capital e do interior e a limitação dos contratos de experiência a 30 dias. O sindicato quer ainda a criação do "comitê da diversidade", que pretende identificar as questões que impedem a ascensão profissional de negros e mulheres na categoria.

   Para o presidente do Sintepav, Adalberto Galvão, a deflagração da greve é necessária devido à intransigência do patronato na negociação.