Salvador

PREFEITURA LANÇA CAMPANHA PARA NÃO DAR ESMOLAS ÀS PESSOAS NAS RUAS

Se o programa for levado à sério a Sedes formulou uma boa proposta
| 27/03/2007 às 21:17

   Com o slogan Ajude de Verdade, a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedes), lançou uma campanha orientando a população a não dar esmolas, sobretudo a crianças e adolescentes.

  "Essa primeira etapa será um projeto-piloto, que atingirá os bairros da Pituba, Barra, Centro Histórico e Estação da Lapa", destacou o secretário Carlos Ribeiro Soares. Nesses pontos, a Sedes fez um mapeamento das pessoas em situação de rua e com apoio dos comerciantes, associações de moradores, Polícia Militar e Juizado da Infância e Juventude traçou as diretrizes da proposta.


    A campanha Ajude de Verdade orienta a população a se informar sobre as maneiras mais eficazes para ajudar essas pessoas. Ao invés de dar esmola, que não ajuda, cria dependência e expõe as crianças a toda sorte de exploração, o cidadão pode contribuir com o Fundo Municipal do Direito da Criança e do Adolescente (FMDCA), fiscalizar a aplicação dos recursos e deduzir o valor do Imposto de Renda devido", reforçou.
 

   Para o secretário, fortalecendo o FMDCA ou fazendo contribuições para entidades que atuam efetivamente com a proposta de inclusão social, a sociedade estará ajudando muito mais. Os especialistas afirmam que a esmola vicia e acomoda as pessoas, tira as crianças da convivência familiar e contribui para que muitas enveredem para o mundo da marginalidade".


   Salvador tem no seu cadastro de pessoas em situação de risco, que necessitam da ajuda dos Poder Público, através dos programas de transferência de renda. Mais de 136 mil famílias recebem o Bolsa-Família. E para muitas delas, o benefício é a única fonte de renda. A meta do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) da capital baiana é a maior do país, pontuando em 8.933 crianças, ou seja,  cinco mil famílias com direito a uma bolsa-auxílio mensal de R$ 40 para cada criança afastada de atividades laborativas, freqüentando a escola e as atividades socioeducativas em período oposto ao da aula.