É a velha bahia cansada de guerra e seu rítmo lento
Três acidentes ocorridos na Bahia, recentemente, revelam como as investigações para apurar responsabilidades são lentas, em alguns casos embromatórias, e demandam uma enormidade de tempo quando deveriam ser solucionadas a curto prazo, primeiro para dar satisfações à sociedade; segundo para organizar a vida das pessoas envolvidas.
Vejam só os três exemplos:
A DRT deu um prazo de 90 dias (pasmem) para concluir o relatório de morte do operário João Domingos de Araújo Filho, 47 anos, ocorrida na última segunda feira no canteiro de obras do Salvador Shopping.
O CRA continua coletando amostras nas praias do Recôncavo onde houve uma mortandade de milhares de peixes. Avisou que daria o resultado do laudo nesta segunda-feira e adiou sabe Deus pra quando, pois, continua coletando e analisando.
Sobre o avião bimotor que pertencia a Bata Taxi Aereo que caiu na última quarta-feira no município de São Sebastião do Passé, com cinco mortos e milhões de reais espalhados na relva, ninguém tem informações sobre o laudo, a caixa preta, enfim, o que aconteceu para que um avião bimotor fosse ao solo.
OPINIÃO BAHIA JÁ
Um operário morre eletrocutado, todo mundo que estava na obra assistiu, há testemunhas, há um fato concreto, e a DRT pede um prazo de 90 dias para concluir um relatório. Com o CRA a mesma coisa. Milhares de peixes mortos, famílias passando necessidades em Saubara e localidades adjacentes no Recôncavo e o órgão, que se diz equipado, moderno, não consegue chegar a uma conclusão sobre o que aconteceu, quando a maioria das pessoas dessas localidades tem certeza, quase absoluta, que houve descarga de poluentes que mataram os peixes. O mesmo aconteceu com o avião da Bata: caiu, morreram 5, mas, hoje só se fala do dinheiro. Quem morreu tá morto.
É inacreditável o que se passa, mas, é a velha Bahia cansada de guerra no seu ritmo Recôncavo mostrando todo seu dinamismo.