O vereador Virgílio Pacheco deverá encaminhar a ata da reunião à mesa da Câmara de Vereadores
A secretária Kátia Karmelo firmou que todos barracas terão mesmo modelo (Foto:ABJ)
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A secretária de Planejamento do município de Salvador, Kátia Karmelo, confimou após audiência pública convocada pelo vereador Virgílio Pacheco, presidente da Comissão Permanente de Desenvolvimento Econômico e Turismo, realizada esta manhã que as barracas de alvenária que a Prefeitura planejou ainda na época do secretário Arnando Lessa, da SESP, vão ser demolidas.
Segundo depoimento da secretária a repórter Andréa Silva, da TV Bahia, ela afirmou que todas as barracas deverão ser iguais. Questionadas sobre o que fazer com o favelão que está sendo implantado na Orla Atlântica na administração João Henrique afirmou: "Serão todas substituídas".
A repórter então questionou: serão derrubadas? A secretária respondeu com a cabeça que sim.
BARRAQUEIROS ASSUSTADOS
Os barraqueiros ficaram assustados com as declarações da secretária diante do caos que se instalou na Orla Atlântica e a proposta, após incentivos e incentivada pela própria Prefeitura de construir barracas de alvenaria, proibidas depois pela falta de licença do Ibama e por agredir ao meio ambiente.
O favelão da orla, conhecido como Favelão do João, terá que ser demolido e os prejuízos serão enormes. Para o vereador Celso Cotrim (PSB) que falou durante a audiência os barraqueiros não podem ser prejudicados com essa decisão e criticou duramente a gerente da Superintendência de Patrimônio da União, a qual, considera incompetente.
Já o vereador José Carlos Fernandes (PSDB), também presente à audiência, afirmou que as praias precisam ser preservadas, pois, da forma como a Prefeitura está agindo vai matar a galinha dos ovos de ouro. Fernandes, ao falar na audiência, salientou que a atual administração está "edificando um novo Bico de Ferro na orla de Salvador, e que o patrimônio ambiental deve ser e mantido para gozo da população".
IBAMA
O representante do IBAMA comentou durante a audiência que somente a partir do próximo mês é que o instituto vai fazer um estudo ambiental da orla Atlântica.