Salvador

CRA REVELA NESTA SEGUNDA CAUSAS DA MORTANDADE DE PEIXES

O CRA está monitorando a área
| 18/03/2007 às 19:20

  O CRA deverá divulgar nesta segunda-feira o laudo sobre a mortandade de peixas nas praias do Recôncavo. A Prefeitura de Saubara decretou estado de calamidade pública e neste domingo, 18, aconteceu um encontro na Colônia dos Pescadores dessa localidade com o objetivo de orientar os associados quanto às medidas de precaução além de propor soluções alternativas para viabilizar a pesca em outros pontos onde  não haja mortande de peixes.

  A operação de campo do CRA está sendo coordenada  pelo químico Marco Antônio Gama. Peixes mortos continuam aparecendo nas praias e novas coletas estão sendo encaminhadas ao laboratório do SENAI/CETID.


  O dano  que causou a mortandade de peixes em uma quantidade de mais de 20 mil toneladas, conforme dimensionou a Prefeitura de Saubara, não só  foi causado apenas pela pesca com bombas e explosivos, segundo já constataram o CRA e a Polícia Civil do município. Já foram identificados novos indícios de outros agentes do desequilíbrio ambiental, como a coloração avermelhada  e barrenta no mar, na localidade de Ponta de Saubara, o que constata a possibilidade de fonte contaminante.

  Segundo site do CRA a bióloga e coordenadora de Fiscalização Ambiental do CRA, Carla Fabíola Ribeiro,  destaca que toda a área afetada pelo dano ambiental já foi sobrevoada  por duas vezes e, na primeira,  dia 13,  foram verificados os locais de onde estariam vindo o líquido avermelhado. Estamos nos debruçando em todas as possibilidades de fontes de contaminação, indo a campo para verificarmos in loco todas as probabilidades, investigando com muito cuidado, porque existem vários empreendimentos na região e todos estão passivos de serem fiscalizados, informou.

  Neste sábado, dia 17, novo sobrevôo aconteceu porque, como Carla explica,  o CRA está trabalhando com três hipóteses: mortandade por pesca com bomba, contaminação química e  o aparecimento de algas que também são condutoras de substâncias tóxicas. Assim temos que examinar categoricamente, todas as possibilidades, deliberou.



Desencantado, o pescador Fau, perde o olhar no mar
 
 

Nádya Argôlo
ASCOM/CRA
Saubara, 17.03.07
 
 Fonte: ASCOM/CRA