Hoje, ocorreu a primeira reunião visando o Carnaval 2008
Depois da camarotização crescente do Carnaval de Salvador, inclusive em espaços públicos, desorganização no desfile das entidades, falta de recursos dos patrocinadores para cobrir as quotas, crescente aumento da violência, a Prefeitura está abrindo o olho visando 2008. Hoje, o que fez muito bem, representantes da Prefeitura do Salvador e governo do Estado iniciaram as discussões que vão definir o formato do Carnaval de 2008.
Prefeito João Henrique reuniu-se seu gabinete, hoje, com os secretários estaduais Domingos Leonelli (Turismo), Luís Alberto (Promoção da Igualdade), Márcio Meirelles (Cultura), o coordenador do Carnaval, Misael Tavares, o presidente da Emtursa, Fernando Ferrero, o chefe de gabinete da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Rego, e o presidente da Câmara Municipal, Valdenor Cardoso.
Foi definida a formação de um grupo de trabalho que terá a incumbência de traçar as diretrizes do evento, a ser instalado em abril próximo. Por entender que, a cada ano, o Carnaval de Salvador é muito dinâmico, Misael Tavares chamou a atenção para a necessidade de se fazer um diagnóstico, no qual fossem identificados os erros e os acertos para tirar proveitos destes e evitar a repetição dos erros.
Tavares lembrou que o Carnaval de Cajazeiras e de outros bairros teve uma afluência maior de foliões bem maior, inclusive com a participação de Carlinhos Brown.
CONSELHO
O prefeito João Henrique propôs atualização e dinamização do Conselho do Carnaval, posição ratificada pelo presidente da Câmara Municipal, Valdenor Cardoso, para quem o Conselho precisa projetar melhor o evento. Na sua opinião, os festejos momescos precisam ser muito bons nos circuitos de sua realização para que tenham repercussão durante o ano inteiro. O vereador citou como exemplo a Fábrica do Carnaval, projetada pelo então secretário municipal de Emprego e Renda, Domingos Leonelli, hoje praticamente integrada ao cotidiano da cidade.
Uma outra sugestão do prefeito foi a criação de câmaras setoriais para discussão e apresentação de propostas sobre os mais diversos aspectos pertinentes à maior festa popular do mundo para aperfeiçoá-los. Valdenor Cardoso disse que pretende reunir as câmaras das 10 cidades que integram a região metropolitana para que haja cooperação no Carnaval entre esses municípios.
A questão em torno do tipo de gestão que deve ser aplicada ao Carnaval não obteve consenso, mas o secretário Domingos Leonelli sugeriu uma gestão compartilhada ou a criação de um grupo intergovernamental - União, Estado e Município - para a formalização de câmaras temáticas para fazer levantamento das principais questões. Caberia a essas câmaras, após o levantamento, realizar um seminário para uma discussão mais ampla.