Salvador

SHOPPINGS DE SALVADOR DEVERÃO PERDER MUITOS CLIENTES PARA INTERNET

Os shoppings dizem que a onda é passageira e logo-logo os clientes retornam
| 09/03/2007 às 18:31
 

Com a anunciada cobrança dos estacionamentos dos carros nos principais shoppings da cidade - Iguatemi, Barra, Lapa, Piedade e Center Lapa - a partir de 1º de abril, segundo alguns especialistas, a tendência é que os consumidores procurem meios alternativos para efetivar suas compras e se ausentem um pouco mais desses estabelecimentos.
 
Por conta disso, as vendas pela internet e o retorno a barbearia e ao salão de beleza do bairro ou mesmo ao restaurante de comida rápida nesses locais será mais usual.
 
Hoje, de acordo com a E-BIT, empresa de comércio eletrônico, existem no Brasil sete milhões de consumidores virtuais, com tendência crescente a cada ano. E já são 15 milhões de internautas.

Evidente que, caso os grandes shoppings de Salvador efetivem mesmo a cobrança a partir de abril, as lojas que vendem produtos como CDs, DVDs, óculos esportivos, livros, equipamentos de informática, relógios, etc, vão sofrer queda em suas vendas. Hoje, muitas livrarias on-line, por exemplo, estão cobrando preços bem mais em conta de alguns produtos vendidos via internet, especialmente livros e DVs.


EXPECTATIVA PARA 2007


Neste ano espera-se que o comércio eletrônico movimente algo em torno de R$ 6,4 bilhões no Brasil, representando um crescimento de 45,5% em relação a 2006. De acordo com a pesquisa E-Bit, os responsáveis por esse aumento são a entrada de novos consumidores no mercado de compras virtuais e o aumento da freqüência das compras por este meio.

QUEDA NO CINE

Com esse tarifa a mais que os shoppings vão impor aos seus clientes, muitas pessoas deixarão, também, de assistir aos filmes nas tradicionais salas de cinema e passarão a vê-los em suas próprias casas através da internet.

Não é só o cinema que sentirá a queda do movimento dos clientes. As tendas de fast-food e do happy hour do choppingo vão perder bastante.

O OUTRO LADO

As administradoras dos shoppings entendem que pode haver uma queda inicial no fluxo de consumidores, mas, logo depois se estabiliza. Até porque, em Salvador, o comércio de rua não tem, hoje, atrativos e segurança para seus clientes.

Os shoppings acreditam que, sobretudo no que diz respeito à segurança, os clientes vão preferir pagar o estacionamento a encontrar outras alternativas para suas compras.