Salvador

CRIME DA SAÚDE:IMPRENSA ESCRITA DESTACA BLEFE, INEFICIÊNCIA E FRACASSO

Os jornais mostraram que a Polícia falhou
| 08/03/2007 às 07:21
Unanimidade nos jornais de hoje: show de ineficiência da Polícia no caso Neylton.
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Os jornais diários que circulam em Salvador, hoje, destacaram em suas manchetes: blefe, fracasso e ineficiência da Polícia na apuração do crime que vitimou com morte o servidor municipal da Secretaria de Saúde, Neylton Souto, pondo também por terra a insinuação fantasiosa do delegado Arthur Gallas, chefe do DCCP, de que setores da imprensa haviam prejudicado as investigações e tratavam o assunto de forma fantasiosa e política.
Os três jornais da capital, cada qual com sua tendências jornalística e política, demonstram ter consenso em relação ao trabalho da Polícia expostos em suas manchetes. A Tarde, mais tradicional e de mair circulação, estampou: Polícia dá show de ineficiência; o Correio da Bahia - acusado pelo secretário Luis Eugênio de parcial e político - destacou : Polícia fracassa no caso Neylton; e a Tribuna da Bahia - que vem dando a melhor cobertura do caso - expôs com letras enormes: BLEFE.

QUESTÕES

Segundo a imprensa escrita - já posto neste Bahia Já, ontem - a Polícia se perdeu completamente no rumo das investigações, foi pressionada pelos políticos, só ouviu o secretário em cima da hora e, portanto, deve ter sido uma peça morta no inquérito, a ex-subsecretária Agalé Souza e a consultora Tânia Pedroso são apontadas como mandantes, porém, não indiciadas, e a Polícia está sendo acusada pela família de Neylton de tentar manchar a sua honra com a exposição de um vídeo em que se fala em homossexualismo.
Há muito tempo não acontece um crime tão rumoroso como o envolvendo Neylton e também um show de ineficiência da Polícia como se viu na coletiva do DPT. O Correio da Bahia destaca que foi "show de incompetência"; e A Tarde, "show de ineficiência".
Hoje, sabe-se, nos bastidores que houve uma pressão política muito forte em direção à cúpula da Polícia exatamente para que o caso não se transformasse, como já denunciado pelo vereador Teo Senna, num crime político à semelhança do que exterminou o prefeito de Santo André, Celso Daniel.
Ademais, pelo exposto, a Polícia transferiu responsabilidades para o Ministério Público órgão que tem entre seus quadros advogados jovens, tais como os delegados da Polícia que investigaram o crime, e que certamente vão colher novos subsídios, quebrar os sigilos das duas prováveis mandantes envolvidas e dar mais clareza ao caso, mais consistência.
Estranhou-se, ainda, no meio político o silêncio da cúpula da SSP, do secretário Paulo Bezerra e do delegado chefe, João Laranjeiras.