Crime da Saúde divide atenção com garota refém
Jovem continua refém em clínica e polícia cerca a área, em Amaralina ( Foto: I Bahia)
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A Polícia através dos delegados Arthur Gallas, da DCCP, e Dilma Nunes, titular da 1ª DP, frustaram as expectativas da opinião pública e da imprensa ao revelarem, hoje, em coletiva no DPT, tudo o que já se sabia sobre a morte de Neylton Souto, o servidor da Secretaria de Saúde do Município assassinado no último dia 6 de janeiro, no âmbito da Secretaria.
Ou seja, que a materialidade do crime foi um ato praticado por Jair Barbosa da Conceição e Josemar dos Santos, vigilantes da Protector, que há envolvimento da então subsecretária da Saúde, Aglaé Amaral Souza, e da consultora Tânia Pimentel Pedroso, porém, estas não foram indiciadas no inquérito porque faltaram dados que já foram solicitados sobres as quebras de sigilos telefônicos e bancários das mesmas, porém, ainda não chegaram às mãos da polícia.
Diante do exposto, depois de uma apresentação didática do delegado Gallas com a exposição de fotos e um vídeo, insinuou-se através do depoimento do vigilante Josemar que este teria flagrado Neylton em posicões obcenas no dia que praticaram o crime, mas, a polícia não atestou através de laudos do DPT a possível presença de sêmen nesse enredo. Estranho-se, também, que a polícia tivesse posto exatamente esse trecho do vídeo em destaque, o que fez supor, se tratar de um prossível álibi que ningúem sabe com que finalidade, senão desmoralizar a figura praterna de Neylton.
COMISSÃO DE INQUÉRITO
Para o vereador Sandoval Guimarães (PMDB), presidente da Comissão Suprapartidária que acompanha o desenrolar das investigaçãoes do crime e as prováveis irregularidades na Secretaria de Saúde do Município, o fato do delegado Gallas ter se referido a "possíveis irregularidades" na Secretaria justificará a sua iniciativa de colocar em votação no plenário da Câmara de Vereadores a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito, que na Câmara se chama CEI - Comissão Especial de Inquérito - para apurar as prováveis irregularidades, inclusive contratos superfaturados e milionários, entre outros.
Sandoval entende que o fato da polícia encaminhar o inquérito para o Ministério Público, até para que sejam complementadas as informações sobre o envolvimento de Aglaé e Tânia é de fundamental importância para que se chegue ao que significa o mais importante, ou seja, "a motivação do crime, o porque dos vigilantes teriam matado o servidor Neylton e a mando de quem".
O álibi de uma provável homossexualidade de Neylton pode representar um novo caminho que se venha a adotar nos precedimentos da defesa jurídica.
OPINIÃO BAHIA JÁ
Aos olhos da imprensa, de nós que estamos acompanhando este caso desde janeiro último, soou como estranho, muito estranho, o fato da polícia ter convicção em apontar Aglaé Souza e Tânia Pedroso como mandantes do crime, até porque se não fosse assim o juiz Cássio Miranda não teria determinado a prisão das duas, e agora, numa versão mais conciliadora - esperando-se a quebra de sigilos bancários e telefônicos - impoõe uma nova textura, com dados adicionais ao inquérito, no futuro, a depender do que se averigue nesses boletos bancários e extratos de contas telefônicas. Considrando que, tanto Gallas; como Dilma são delegados de carreiras promissoras à frente, até por seus currículos e dedicação ao trabalho, espera-se que os adicionais sejam comprobatórios. Caso contrário, caberá, então, tanto a Aglaé; quanto a Tânia entrar na justiça solicitando reparações.