Salvador

CRIME DA SAÚDE: ADVOGADOS DEFESA FALAM MESMA LÍNGUA:INOCENTES

A Polícia continua fazendo investigações
| 14/02/2007 às 20:24
Os advogados de defesa das quatro pessoas envolvidas no crime que vitimou Neylton Souza, os dois vigilantes e a ex-subsecretária e a ex-consultora, estão falando a mesma linguagem: atestam que seus clientes são inocentes. Trata-se, evidente, de direito que têm, embora a polícia se mantenha irredutível e apurando os fatos como determina a isenção e a lei. A ex-consultora agregou a sua equipe de defesa um advogado de São Paulo, José Sadeck, o qual, falando à imprensa em frente ao prédio da Sec de Saúde, disse que sua cliente não cometeu crime algum.
Os jornalistas que estão cobrindo o caso comentavam no final da tarde de hoje que, como a polícia já tomou depoimentos demorados da ex-subsecretária Aglaé Souza e da ex-consultora Tânia Pedrosa, e também já fez a reconstituição do crime, poderá, a qualquer momento prender mais suspeitos ou senão revelar a motivação do crime ou chegar a conclusões bem próximas disso.
NOTA PÚBLICA
Em matéria paga publicada em A Tarde (Nota Pública) os diretores presidentes do Cremeb, Jorge Cerqueira; Sindimed (Sindicato dos Médicos), José Caires Meira; ABM, José Carlos R Brito; Associação Brasileira de Psiquiatria, Bernardo Assis Filho; Fundação Bahiana para o Desenvolvimento da Ciência, Humberto de Castro Lima; Faculdade de Medicina da Bahia, José Tavares Carneiro Neto; e Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Maria Luiza Carvalho Soliani Costa, destacaram a larga folha de serviços da ex-subsecretária Aglaé Souza profissional "respeitada profissionalmente pelos conhecimentos científicos".
Adiante diz que as instituições signatárias estão confiantes "que as autoridades responsáveis pela apuração dos fatos cumprirão o seu papel observando o devido processo legal e demais garantias constitucionais da cidadã, inclusive salvaguardando a sua segurança pessoal".
Por fim diz a nota que "nosso sentimento é o da justiça e que esta seja ágil, imparcial e democrática, visando os esclarecimentos dos fatos e que os culpados sejam responsabilizados".
COMENTÁRIO
A nota das instituições, em sí, não traz nada de novo salvo a observação de que a SSP deve salvaguardar a segurança pessoal da Dra. Aglaé. No mais, os comentários nos meios médicos são de que, realmente, ninguém está entendendo a participação da psiquiatria no envolvimento do crime, não só por sua via pregressa profissional, mas, sobretudo por ser uma pacifista. Entendem que, se ela estiver mesmo envolvida no crime como faz crer a polícia, alguém fez a sua cabeça.