Salvador

CRIME DA SAÚDE: ENTENDA O QUE É GESTÃO PLENA; E GESTÃO BÁSICA

O ex-prefeito Antonio Imbassahy praticou a gestão básica; o atual prefeito João Henrique, gestão plena
| 11/02/2007 às 11:37
Segundo pesquisa feita pelo BahiaJá, quando Antonio Imbassahy foi prefeito de Salvador (1997/2004) praticava-se na saúde municipal o modelo de gestão básica. Ou seja: o município fazia atendimento das chamadas atividades médicas primárias nos postos de saúde, cabendo ao Estado da Bahia os serviços secundários e de grande complexidade.
Com a gestão do prefeito João Henrique (2005/2008) adotou-se o modelo de gestão plena. Ou seja: o município além de ser responsável pelo atendimento das atividades primárias também passou a atuar nas áreas secundárias e de alta complexidade, incluindo o acompanhamento e pagamento às clínicas conveniadas, Hospital Português, Obras Assistenciais da Irmã Dulce, etc, e até mesmo o HGE e o Roberto Santos.
BOLO DO DINHEIRO
As verbas transferidas pelo Governo Federal através do Ministério da Saúde, Sistema SUS, a rigor continuam as mesmas, só que, com a gestão plena 20 a 22 milhões de reais/mês que eram administrados pelo Estado passaram a ser gerenciados pelo município. E era esse bolo de dinheiro que a matemática Tânia Pedrosa, que veio para a Bahia por indicação do atual secretário de Saúde do Estado, Jorge Solla, administrava.
Na época do governo Paulo Souto, o secretário da Saúde, José Antonio, temendo que houvesse qualquer tipo de descontinuidade dos serviços hospitalares criou um Termo de Ente Público, no qual, o repasse para os grandes hospitais já era descontado na fonte.
O então prefeito Antonio Imbassahy nunca adotou a gestão plena, segundo apurou o BahiaJá, porque o município não tinha capacidade gerencial para administrar serviços secundários de saúde e de alta complexidade. Mas, no seu período, deputados do PT, entre eles, Nelson Pelegrino à frente, criticavam muito essa postura do prefeito e até diziam que o município estava perdendo dinheiro da saúde. O que não era verdade, nem uma coisa; nem outra.
SURGE TÂNIA PEDROSA
Nos meios médicos estranha-se a participação da subsecretária Aglaé Souza na participação do crime de Neylton e sua atuação nebulosa da Secretaria de Saúde, justo porque sempre foi uma médica que se dedicou às questões voltadas para a melhoria do atendimento ao público.
Algumas pessoas próximas a Aglaé, que conviveram com ela, atestam que houve uma mudança de comportamento desde que ela conheceu ou passou a ter uma amizade mais estreita com Tânia Pedrosa.